1° Cap

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A sala estava com a luz baixa, o cheiro do charuto dos homens incomoda o olfato dos dois lupus da sala, Tomioka Giyuu estava em pé, olhando para a rua, estavam num prédio alto numa espécie de apartamento. Uma reunião ocorria, seu pai, Tomioka Tsukio, atual chefe da máfia japonesa, estava numa conversa com mafiosos do Mediterrâneo e Giyuu podia sentir pelos feromonios presentes que seu pai já estava perdendo a paciência.

  - Temos um navio cheio de refugiadas, novinhas! - um dos homens falou e Giyuu negou com a cabeça dando uma risadinha nasalada e andando até a janela da sala. Já sabia a resposta que seu pai daria.

  - São mulheres refugiadas? - Tsukio perguntou inexpressivo, atrás de si havia uma equipe de seguranças.

- Algumas nem fizeram doze anos ainda, o preço está uma pechincha, podemos desembarca-las quando quiser.

Tsukio se encostou na poltrona e suspirou irritado.

  - Vocês erraram o endereço... Minha família não trabalha com tráfico de mulheres. Muito menos crianças. Vocês estão fazendo eu perder o meu tempo.

  - Você não é o chefe da família Tomioka? Nos disseram que você é impiedoso. - um dos homens falou. Tsukio fez um sinal com uma das mãos e um de seus seguranças atirou no meio da testa de um dos homens sentados, o outro se levantou assustado.

  - FICOU LOUCO PORRA? - olhava o corpo do colega jogado no sofá.
  - Sou Tsukio, patriarca da família Tomioka e chefe da máfia mais perigosa do Japão, você acha que por eu não traficar mulheres eu sou menos impiedoso? - o homem de cabelos negros ria enquanto o outro mafioso se afastava vagarosamente tremendo.

  - N-Nao! Se nos matar nosso chefe vira atrás de vocês! - ameaçou.

  - Esperarei ansioso - sorriu e sem precisar dar sinal, o segurança atirou novamente. Tsukio suspirou se levantando - limpem essa sujeira, entrem em contato com o superior deles e marquem uma reunião, as meninas serão compradas e devolvidas a suas devidas familias. Preciso repetir? - o homem falava para sua equipe.

Enquanto alguns seguranças já iam cuidar dos corpos, outro já pegava o celular fazendo ligações.

  - Isso vai sair caro... - o Tomioka mais novo comentou quando seu pai se aproximou, seus feromonios agitados e irritados.

  - Entenda Giyuu. Nós nunca trabalhamos e nunca trabalharemos com isso. Tenha respeito pelo império que construí com seu avô! Nossa missão é acabar com máfias desse tipo medíocre, apenas isso.
  - Eu já sei disso... - falou cruzando os braços.

  - Não comece a ser uma criança birrenta agora, você já tem dezessete anos! Está na hora de criar responsabilidade! Você é meu sucessor.

  - Você não tem escolha, teria escolhido Tsutako se não fosse omega... - se afastou da janela.

  - Não faça eu me arrepender da minha escolha moleq...

Um tiro.

Veio da janela.

Os seguranças se apressaram.

O projétil disparado contra eles atravessou o peito de Tsukio e Giyuu que estava um de frente para o outro.

O mais novo caiu ajoelhado com a mão no peito já sentindo um segurança o segurar antes que caisse para o lado, ele viu seu pai caído a sua frente também sendo segurado enquanto os seguranças os puxam para longe da janela por causa do atirador.

A mente de Giyuu se perdeu, ele perdia e recobrava a consciência, não sabe como foi parar no hospital com uma equipe médica correndo ao redor de si por um corredor extremamente branco. Tentava olhar em volta e entender o que diziam, mas sua mente estava longe, ele parecia se sentir sair do corpo e tudo pareceu se apagar.

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