Capítulo 4

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• MINHO •

Pensei que Jisung não tinha mais nenhum efeito sobre mim... Foi o que eu achei até ver ele parado na minha frente enquanto minha mãe nos apresentava, mas eu o conheço, e ele também me conhece.
Ou pelo menos eu acho que conhecia ele.

Coloco minhas coisas na sala dos funcionários e vou até a cozinha onde todo mundo estava preparando alguma coisa individualmente, pego um avental e uma touca e começo a ajudar servindo.

Faz quase dez minutos que Jisung não sai da cozinha dos funcionários, mas logo o vejo saindo e indo anotar alguns pedidos, os clientes não param de sair e entrar aqui, o movimento só aumenta... Penso se ele precisa de ajuda, mas por enquanto parece que não. Vez ou outra eu o observo e sinto que ele também me olha, logo termino de servir alguns dos muitos pedidos que estavam no balcão, mas logo me entregam um papel com um endereço.
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Hoje é meu dia de fechar tudo, e descobri que Jisung teve de limpar o chão então provavelmente ele vai ficar até tarde também, e eu vou ter que esperar.
"Como alguém pode ficar lindo até mesmo limpando?", só penso nisso enquanto olho, encosto no balcão e cruzo os braços. Eu ofereci ajuda antes, mas parece que Jisung está me evitando e recusou.
Isso está me matando.

- Tem certeza de que não quer ajuda? - Pergunto mais uma vez.
- Tenho... Já estou acabando.

Ele fala limpando a testa e indo guardar o mop, volta um tempo depois com as coisas dele.

- Boa noite. - Finalmente ele me olha, seus olhos estão redondos como sempre, quase gaguejo quando abro a boca.
- Boa noite Jisung.

Então passa por mim. E eu sinto vontade de agarrar seu pulso e perguntar tudo o que eu quero. Mas apenas descruzo os braços e faço uma pergunta que sei que vou me arrepender depois.

- Ei... Eu posso te dar uma carona.
- Não precisa, tô de boa. Não quero atrapalhar...
- Não atrapalha! E tá ficando tarde... - Desculpa esfarrapada. São 08:40 da noite. Mas mesmo assim.
- ... Tá... Tudo bem.
- Ótimo! Vou só trancar as portas. Não vai embora por favor.

Nunca fechei a cafeteria tão rápido e tão animado na minha vida, e nem sei porque estou tão animado assim, é só uma carona... Não é? Corro de volta pra porta principal e vejo ele sentado no banco que fica em frente à confeitaria, olhando para todos os lados e assim que me vê ele se levanta. Pego o capacete dentro da moto e o entrego.

- Onde você mora?
- Eu te guio até lá.
- Okay. - Coloco meu capacete e ajudo ele a colocar o dele. Subo na moto e quando ele sobe eu a ligo. - Jisung.
- Hm?
- Se segura.

Sinto seus braços envolver minha cintura e meu corpo se arrepia. Por que me sinto assim? Sinto que vou enlouquecer. Saio com a moto e acelero o suficiente, mas ele me aperta e encosta o capacete mas minhas costas.

- Não vá tão rápido!

Apenas assinto e continuo o trajeto. Enquanto isso ele me guia, mesmo que por um acaso eu saiba seu endereço... Eu vi ele saindo de casa hoje de manhã com pressa e guardando a chave na bolsa.
Paro em frente à sua casa e ele desce me entregando o capacete.

- Valeu pela carona.
- Valeu por deixar eu te dar carona... - (por que eu disse isso?) - Até amanhã.
- Até.

Espero até ele abrir a porta e entrar, assim que estava fechando a porta vejo um sorriso no rosto de Jisung e involuntariamente acabo sorrindo também. Volto logo pra casa e guardo a moto na garagem. Subo pro quarto e tomo um banho.
Incrível como míseros quase trinta minutos podem fazer alguém feliz por uma noite...

O sorriso dele é tão lindo... Eu amava fazer ele sorrir, amava fazer ele feliz e quando ele dava aquele sorriso meu peito ficava tão quentinho... Aquele maldito sorriso. (acho que) odeio aquele sorriso.
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(Esse foi curtinho pois estou sem muito tempo ultimamente, e ando sem criatividade, então me perdoem 🙌)

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⏰ Última atualização: May 20, 2024 ⏰

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