Chapter 11

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Sadie sink

Eu tomei aquele frasco interno a força, quem da um remédio inteiro para alguém?

— Se eu morrer você me paga

— Você tomou dipirona meu anjo, não iria morrer nem se quisesse — Ela respondeu concentrada no notebook

— Está fazendo o que?

— Trabalhando — Ela responde ainda sem olhar para mim

— Você trabalha com o que? — Ela olhou para mim

— Porque você não vai brincar com os cachorros?

— Por que eu não quero. Na verdade eu quero sair

— Você está doente garota, para de graça

— Aqui — Disse Finn entrando na sala — Seu sorvete de chocolate

— Valeu — Digo pegando a tigela

— Finn leva essa garota pra sair — Millie disse

— Eu tenho mais o que fazer sabia?

— Sabia que você iria dizer isso — Disse fechando o notebook — Pra onde você quer ir sadie?

— Pra minha casa, que tal? — Falei ironicamente

— Pode ser — Eu a encarei surpresa — Que foi anjo?

— Achei que eu estava em cativeiro

— E está, mais eu sei que não é bom ficar longe da mãe no dia das mães

— Quem disse que eu estou com saudades da minha mãe? Eu estou com saudades é do meu laptop que está na minha casa

— Uau, isso que é consideração — Ela falou com deboche — Então vai se trocar né meu anjo?

Eu olhei para o macacão que eu estou usando.

— Qual é o problema com a minha roupa?

— O problema é que essa roupa é minha, e você fica parecendo um pinguim com ela

— Ave Maria — Falei me levantando do sofá — Que roupa eu visto?

— Qualquer uma que não seja minha

— Então eu vou nua né?

— Aff, pega qualquer coisa que não te deixe com cara de adolescente de doze anos

— Tá — Subi até o quarto de Millie e comecei a mexer no quarda roupa

Olhei para cima dele e vi uma caixa, bom, eu escondia doces em cima do meu quarda-roupas então pensei que ela poderia fazer o mesmo.

Dentro da caixa havia um vestido roxo pastel, não era muito minha cara mas é um número abaixo do da Millie então me serviu perfeitamente.

Arrumei meu cabelo, prendi ele em um coque na parte de cima e deixei a parte de baixo solta.

Desci de volta para a sala e Finn me encarou no mesmo instante.

— Mano, esse vestido não era da...

— Cala a boca! — Millie o interrompeu — Você está linda sadie, eu só vou beber água e então nós saímos — Ela foi em direção a cozinha

— O que tem de errado com ela? Pra ela me elogiar certeza que está doente

— É que...

— Finn Wolfhard cala a sua boca! — Ela o interrompeu novamente — Vamos Sadie?

Nós saímos da casa e pegamos o carro dela na garagem.

— Você está bem? — Perguntei colocando o cinto

— Estou, porque não estaria?

— Sei lá, talvez seja porque você mandou o Finn calar a boca duas vezes?

— Não tem nada de errado comigo está bem? — Ela começou a dirigir — Onde você mora?

— Eu não sei — Ela me encarou — Eu corri umas meia hora antes de chegar na sua casa

— E o seu endereço, sabe?

— Ah sim, eu moro na Maplewood número trinta e sete

— Naquele fim de mundo?

— Ai, desculpa se a filha do presidente dos Estados Unidos nunca entrou em um bairro de comunidade

— Não mesmo, e se me assaltarem?

— Porque iriam te assaltar? A criminosa aqui é você por ter me sequestrado

— Supera isso garota

— Então me solta

— Não

— Porque não?

— Porque eu não quero

Nós fomos o resto do caminho em silêncio. Ela colocou meu endereço no GPS e em menos de vinte minutos chegamos até minha casa.

— Ok, estamos na Maplewood?

— Sim, essa é a casa. Eu vou avisar minha mãe que você está aqui — Eu sai do carro, fui até o portão e então o empurrei. Cheguei até a porta e então  bati três vezes — Mãe? Eu estou de volta

Millie desceu do carro e veio até mim, e no mesmo instante minha mãe abriu a porta.

— Sadie? — Ela me abraçou — Onde você estava sua idiota?

— Bem, é uma longa história — Ela me soltou e encarou Millie

— Quem é essa?

— Essa é a Millie, minha amiga

— Venham, entrem — Ela fechou a porta após entrarmos

— Uau — Millie falou e então se aproximou de mim — Sua casa não é tão humilde para uma casa de Maplewood — Ela cochichou

— Como se a sua fosse uma mansão — Cochichei de volta

Minha mãe se sentou no sofá e então encarou Millie.

— Você pode nos dar licença por um estante Millie?

— Está bem — Ela saiu do cômodo indo para os fundos da casa

— Onde você esteve todo esse tempo? Você deixou o celular em casa, saiu sem levar nada e simplesmente sumiu

— Você chamou a polícia?

— Não, depois do que houve com seu pai a polícia não iria me ajudar nem se eu pagasse

— Eu sinto muito por não ter vindo antes — Eu suspirei — Esses últimos dias foram uma loucura pra mim

— Então tenta me dizer o que houve

Eu suspirei novamente.

— Lembra daquele aplicativo de amizade que eu usava quando era mais nova?

— Ah sim, foi por isso que vieram dois garotos aqui, um jogou pedras e quebrou sua janela e o outro era um garotinho mexicano que jurou que vocês iriam se casar

— É, esse aplicativo mesmo. Alguns dias atrás eu recebi uma mensagem vindo daquele site. Bom, era de uma criança, na verdade eu achava que era uma criança, mas então eu descobri que não era uma criança, e sim de uma adulta que me manteve no quarto dela o dia inteiro. Depois ela me deixou ir embora mais uns dias depois eu fui perseguida por um cara e, por pura conhecidencia eu entrei na casa dela pra me esconder, e então eu moro com ela desde então— A mulher me encarou com um olhar sério por dois segundos e depois riu — Qual é a graça?

— Sadie, não precisa enventar desculpas pra dizer que está namorando uma garota

— O que?

Idiota | Sillie Onde histórias criam vida. Descubra agora