Capítulo 46

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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 19 de Abril.
Centro de Treinamento do Flamengo.

● Pedro Guilherme ●

Foi um ótimo passo. Isso como consequência é uma felicidade imensa sobre mim. Eu nem poderia imaginar, que quando bati os olhos naquela menina, vestida com a camisa do Vasco, lá no Maracanã, poderia e conseguiria fazer o meu coração acerelar, em todas as vezes em que nossos olhares se encontram, fazendo sentir uma forte e imensa conexão.

Acordo dos meus pensamentos quando vejo que alguém estava ao meu lado. Erick Pulgar, com um sorriso enorme em seus lábios.

— Bom dia. — deseja, me olhando.

— Bom dia, Erick. — desejo, de volta.

— O que houve? Está dormindo? Ou está a sonhar com a sua namorada? — quis saber.

Queria mesmo estar com a Isa agora. Mais infelizmente, por ironia do destino, os meus treinamentos não me permitem... 

— Pensando. — afirmo.

— Mundo da Lua. — afirma.

— E você, chileno? — elevei uma de minhas sobrancelhas.

— Eu? — indagou, surpreso.

— Não, a minha avó. — rodeio os olhos.

— Vou indo... — caminha alguns passos.

— Indo. Sei... — digo, desconfiado. E aquela menina que você queria? Conseguiu? Por que se não conseguiu, você é ruim. — digo, afim de começar a elaborar uma zoação após a resposta do rapaz.

— Estamos indo. — afirma.

— Indo? Tem certeza mesmo? — cruzo os braços. Pelo visto... — sou interrompido.

— Pelo amor de Deus. — diz, impaciente.

— Mal humor. — o analiso.

— Acordei com o pé esquerdo. — justifica.

— Imagino! — digo, com um sorriso em meus lábios.

Deixei uma gargalhada escapar.

— Tá rindo do que, meu filho? — indignou-se.

— Sua capacidade de mentir, sabia? Cara, é ilário uma coisa dessas. Ainda mais quando está estampado na sua cara. — explico.

— Eu não tô mentindo. — bufa.

— Ué, você que sabe. — de ombros.

— Se ferrar, mano! — pediu, irritado.

— Calma... — pedi. Você precisa me ajudar com uma coisa. — declarei.

— Pra que? Se for para conseguir consquistar mulher, eu tô fora. Já tomei uma surra, além de escutar o que não quis ontem. — explica.

O garoto arregala os olhos, assim que percebe o que tinha acabado de falar.

— Vou fingir que não é. — provoquei.

— Fala logo o que é. — apressou.

— Não se preocupe! Eu não sou igual a você. Eu consegui consquistar a mulher que queria.
Agora preciso que você me ajude a pedir ela em namoro. Será que você pode me ajudar?
— perguntei, com deboche.

— Parabéns. E claro que posso ajudar. Onde você quer que seja o pedido? — questiona.

— Lá em casa mesmo. Mas é para você me ajudar a comprar um presente, além de um buquê e uma aliança. — listei em meus próprios dedos.

— A mulher é sua, e você não sabe o gosto dela, rapaz? — diz, com o sotaque espanhol.

— Se não quiser ajudar, é só falar. — digo, com um semblante sério.

— Tá. Só por que sou um ótimo amigo, irei ajudar você. Mas depois quero a minha recompensa. — pediu.

— Tá bom, exigente. — rodeio os olhos.

— Sou mesmo. — afirma, convencido.

— Percebi.

— Tomara que dê certo. Faz um maior tempo que não vejo você com alguém. — apoia os cotovelos nas pernas, apoiando o rosto nas mãos.

— Nunca estive com alguém.

— Não? — indagou.

— Não. — neguei.

— Tá doído... — diz, com um sorriso. Pensei que você já tivesse namorado. — afirma.

— Não. Vai ser a minha primeira vez. — digo, ansioso.

— Olha, conselho de quem já namorou uma pessoa: tirando das brigas, dos ciúmes bobos que sempre existe entre o casal, aconselho que você aproveite muito. Sabe, ter alguém, saber que quando você chegar em casa terá alguém, que mesmo em algum dia ruim, vai estar lá, para tentar melhorar o seu dia, fazer o seu dia ser feliz... É sem palavras. É algo inexplicável, Pedro. Ter alguém que você tem certeza que se importa, te ama... É perfeito.
— explica, emocionado.

— Que isso, Erickzinho! Parece que é até você que vai pedir alguém em namoro. Tá até emocionado, pô. — o abracei de lado.

Ele se recompôs rapidamente.

— Maldita daquela Camila. Não tá nem aí para mim, mais também não sai da minha cabeça. Puta que pariu. — passa as mãos no rosto, tristonho.

— Difícil. Mas você vai saber lidar com esse sentimento com o tempo. Quem sabe, vocês podem até conseguir algo no futuro. Não dá para prever o amanhã, Erick. — digo, afim de tentar consolar.

— Não, mais se ela vim amanhã, depois de amanhã, ou sei lá quando, quem não vai querer mais nada com ela sou eu. — garante.

— Tá bom. — compreendi.

Até parece. Ele tá doido pra voltar correndo para os braços dessa menina, é impossível que ele vá recusar algo. Dúvido muito.

Ainda bem que não estou igual ao Erick. Eu consegui consquistar a garota que queria... E pretendo a pedir em namoro o mais rápido.

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Quadragésimo sexto capítulo.
Tadinho do Erick. Logo, logo acha o amor para a vida inteira.

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