Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 19 de Abril.
Centro de Treinamento do Flamengo.● Pedro Guilherme ●
Foi um ótimo passo. Isso como consequência é uma felicidade imensa sobre mim. Eu nem poderia imaginar, que quando bati os olhos naquela menina, vestida com a camisa do Vasco, lá no Maracanã, poderia e conseguiria fazer o meu coração acerelar, em todas as vezes em que nossos olhares se encontram, fazendo sentir uma forte e imensa conexão.
Acordo dos meus pensamentos quando vejo que alguém estava ao meu lado. Erick Pulgar, com um sorriso enorme em seus lábios.
— Bom dia. — deseja, me olhando.
— Bom dia, Erick. — desejo, de volta.
— O que houve? Está dormindo? Ou está a sonhar com a sua namorada? — quis saber.
Queria mesmo estar com a Isa agora. Mais infelizmente, por ironia do destino, os meus treinamentos não me permitem...
— Pensando. — afirmo.
— Mundo da Lua. — afirma.
— E você, chileno? — elevei uma de minhas sobrancelhas.
— Eu? — indagou, surpreso.
— Não, a minha avó. — rodeio os olhos.
— Vou indo... — caminha alguns passos.
— Indo. Sei... — digo, desconfiado. E aquela menina que você queria? Conseguiu? Por que se não conseguiu, você é ruim. — digo, afim de começar a elaborar uma zoação após a resposta do rapaz.
— Estamos indo. — afirma.
— Indo? Tem certeza mesmo? — cruzo os braços. Pelo visto... — sou interrompido.
— Pelo amor de Deus. — diz, impaciente.
— Mal humor. — o analiso.
— Acordei com o pé esquerdo. — justifica.
— Imagino! — digo, com um sorriso em meus lábios.
Deixei uma gargalhada escapar.
— Tá rindo do que, meu filho? — indignou-se.
— Sua capacidade de mentir, sabia? Cara, é ilário uma coisa dessas. Ainda mais quando está estampado na sua cara. — explico.
— Eu não tô mentindo. — bufa.
— Ué, você que sabe. — de ombros.
— Se ferrar, mano! — pediu, irritado.
— Calma... — pedi. Você precisa me ajudar com uma coisa. — declarei.
— Pra que? Se for para conseguir consquistar mulher, eu tô fora. Já tomei uma surra, além de escutar o que não quis ontem. — explica.
O garoto arregala os olhos, assim que percebe o que tinha acabado de falar.
— Vou fingir que não é. — provoquei.
— Fala logo o que é. — apressou.
— Não se preocupe! Eu não sou igual a você. Eu consegui consquistar a mulher que queria.
Agora preciso que você me ajude a pedir ela em namoro. Será que você pode me ajudar?
— perguntei, com deboche.— Parabéns. E claro que posso ajudar. Onde você quer que seja o pedido? — questiona.
— Lá em casa mesmo. Mas é para você me ajudar a comprar um presente, além de um buquê e uma aliança. — listei em meus próprios dedos.
— A mulher é sua, e você não sabe o gosto dela, rapaz? — diz, com o sotaque espanhol.
— Se não quiser ajudar, é só falar. — digo, com um semblante sério.
— Tá. Só por que sou um ótimo amigo, irei ajudar você. Mas depois quero a minha recompensa. — pediu.
— Tá bom, exigente. — rodeio os olhos.
— Sou mesmo. — afirma, convencido.
— Percebi.
— Tomara que dê certo. Faz um maior tempo que não vejo você com alguém. — apoia os cotovelos nas pernas, apoiando o rosto nas mãos.
— Nunca estive com alguém.
— Não? — indagou.
— Não. — neguei.
— Tá doído... — diz, com um sorriso. Pensei que você já tivesse namorado. — afirma.
— Não. Vai ser a minha primeira vez. — digo, ansioso.
— Olha, conselho de quem já namorou uma pessoa: tirando das brigas, dos ciúmes bobos que sempre existe entre o casal, aconselho que você aproveite muito. Sabe, ter alguém, saber que quando você chegar em casa terá alguém, que mesmo em algum dia ruim, vai estar lá, para tentar melhorar o seu dia, fazer o seu dia ser feliz... É sem palavras. É algo inexplicável, Pedro. Ter alguém que você tem certeza que se importa, te ama... É perfeito.
— explica, emocionado.— Que isso, Erickzinho! Parece que é até você que vai pedir alguém em namoro. Tá até emocionado, pô. — o abracei de lado.
Ele se recompôs rapidamente.
— Maldita daquela Camila. Não tá nem aí para mim, mais também não sai da minha cabeça. Puta que pariu. — passa as mãos no rosto, tristonho.
— Difícil. Mas você vai saber lidar com esse sentimento com o tempo. Quem sabe, vocês podem até conseguir algo no futuro. Não dá para prever o amanhã, Erick. — digo, afim de tentar consolar.
— Não, mais se ela vim amanhã, depois de amanhã, ou sei lá quando, quem não vai querer mais nada com ela sou eu. — garante.
— Tá bom. — compreendi.
Até parece. Ele tá doido pra voltar correndo para os braços dessa menina, é impossível que ele vá recusar algo. Dúvido muito.
Ainda bem que não estou igual ao Erick. Eu consegui consquistar a garota que queria... E pretendo a pedir em namoro o mais rápido.
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Quadragésimo sexto capítulo.
Tadinho do Erick. Logo, logo acha o amor para a vida inteira.■ De 0 a 10. Ruim? Bom? Médio? Maravilhoso?
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Conexão - Pedro Guilherme
RomanceProvocações até. Rivalidade, nem se fala. Um jogador flamenguista, honra o manto que veste, fazendo história no Clube de Regatas do Flamengo. Já ela é apaixonada pelo Vasco da Gama. Bem, isso irá acabar em algum desfecho feliz?