02. MAX, ao meio-dia.

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O despertador de Jihyo tocou às exatas 10 horas da manhã fazendo ela gemer de desgosto. Ela queria bater tanto em Sana por fazer ela acordar tão cedo em um feriado, ela foi aos tropeços até o banheiro pronta pra tomar aquele banho e ficar desperta pra fugir da melosidade de Sana, ela sinceramente não conseguia entender muito bem como aquela garota conseguia ter o cérebro tão liso.

O chuveiro foi desligado por volta das dez e meia, e ela só trocou rápido enquanto via seu celular vibrar como louco, ela escutou os áudios de Sana rindo e falando que já estava chegando junto com a voz de Momo mandando ela parar de apertar os braços dela. A coreana negou revirando os olhos e desceu as escadas até a cozinha, seus passos seguiram até o armário e ela pegou o cereal com a caixa pela metade. Ela abriu a porta da geladeira pegando o leite e logo seu pote favorito estava cheio com os dois, Jihyo saiu da cozinha e se jogou no sofá enquanto esperava as outras chegarem, ela ligou a Tv pra passar um tempo deixando no mesmo canal que sua mãe tinha deixado na noite anterior.

Quase na metade do pote a campainha tocou fazendo Jihyo se levantar apressada do sofá, ela abriu a porta se deparando com Sana agarrada nas costas de uma Momo ranzinza. Ela deixou as garotas entrarem e elas foram até o sofá.

- Cadê seu bilhetinho do amor?

- Não é um bilhete do amor e ele é estranho. – Jihyo reclamou enquanto se levantava e ia buscar o bilhete no seu quarto. Ela deixou ele nas mãos de Momo e viu a garota analisar ele junto com Sana com bastante atenção.

- Parece um bilhetinho do amor pra mim, as vezes você tem um admirador secreto. – Momo comentou deixando o bilhete nas mãos de Sana.

- O que você acha Sana?

A japonesa mais velha levou o papel até a frente do rosto e se jogou no sofá ficando deitada nele completamente a vontade, a mensagem "não me esqueça" parecia algo normal pra ela, mas a folha tinha uma textura estranha aos dedos como se fosse grossa demais. Ela afastou o papel do rosto e colocou a língua pra fora da boca enquanto pensava em uma resposta pra Jihyo, em segundos seus olhos se arregalaram quando ela viu uma nova mensagem refletindo contra a luz da lâmpada.

- Puta merda tem uma mensagem contra a luz!

- Que?!

- Olha isso!

As garotas se juntaram ao lado de Sana e viram a nova frase oculta, "eu sei que você sabe" ficou marcada no texto vermelho.

- Que merda é essa?

Jihyo pegou o papel das mãos de Sana e ficou observando ele contra a luz, ela se perguntava sobre o que essa pessoa falava.

- Tem ideia do que pode ser?

- Nenhuma...eu sei muita coisa, mas o que seria nesse nível pra receber um bilhete assim?

- Pode ser uma pegadinha, alguém pode querer te dar um susto por conta do que tá acontecendo na cidade. – Sana pontuou enquanto colocava os pés no colo de Momo e roubava o resto do cereal de Jihyo.

Antes que elas pudessem processar a informação, a voz alta do carteiro é ouvida do lado de fora e um bolo de cartas é jogado pela porta. Os olhos das três rolam pelos papéis diferentes até se depararem com um pequeno e brilhante papelzinho laranja grudado no jornal da cidade. Hesitante, Jihyo pegou o jornal e leu em voz alta o bilhete.

- MAX, ao meio-dia.

Ela tira o post-it do papel e o coloca contra a luz em busca de mais informações, mas a mensagem era clara dessa vez e sem informações ocultas. Seus olhos voltaram para o jornal do dia com uma manchete gigante sobre o prédio novo da escola.

Frequência 1-1-1-1, sobreviva quem puder - SAMOHYOOnde histórias criam vida. Descubra agora