Frequência 1-1-1-1, sobreviva quem puder - SAMOHYO

04. Você quer ver aonde eu chego?

Chegar na casa de Jihyo às 21 horas enquanto caia uma chuva terrível não estava nos planos de Sana para aquele dia. A porta foi aberta por uma Jihyo agitada e ela puxou Sana pela mão até a sala deixando a japonesa preocupada com a situação.

- Eu vim assim que olhei sua mensagem.

- E-eu tentei diminuir o sangue, mas ela tava ficando pálida então eu chamei alguém. – A voz de Jihyo soou tremula enquanto elas se aproximavam do cômodo.

Sana sentiu seu corpo se arrepiar ao ver a figura loira fazendo pontos na barriga de Momo.

- Somi?

- Eu liguei pra senhora Hirai e ela pediu pra um dos internos vir dar uma olhada na Momo.

Sana assentiu enquanto se aproximava mais das duas mulheres no sofá, Momo fazia uma careta enquanto Somi finalizava o curativo, o rosto dela já estava mais corada e a mancha de sangue na camiseta verde que estava jogada ao lado já estava praticamente seca.

- Momo vai ficar uma cicatriz meio chata e cuidado pra não forçar.

- Certo...

- E vocês três deveriam ter cuidado com essas brigas de colégio, sei que o campeonato é importante, mas tomem cuidado.

Sana olhou para Jihyo fazendo a garota dar de ombros antes de assentir pro sermão de Somi.

- Não precisa se preocupar Somi, vamos tomar cuidado.

- Perfeito, então eu vou indo. Tchau garotas e Sana vejo você no aniversário do papai? – Somi perguntou bagunçando o cabelo da japonesa.

- Argh Somi! – Sana reclama arrumando os fios bagunçados. – Esquenta não, eu vou tá lá como sempre.

A mais velha concorda e Jihyo acompanha ela até a saída voltando minutos depois. Jihyo se senta ao lado de Momo verificando se ela estava bem.

- Eu tô legal...a gente deveria era se preocupar contigo desmaiando aqui. – Momo resmunga sentindo as mãos de Jihyo pelo seu rosto.

- Qual das duas vai me explicar o que aconteceu aqui? – Sana perguntou se jogando na poltrona ao lado de Momo.

- Qual parte? A que eu levo uma facada ou a da sua irmã aparecendo aqui do nada?

- Sana, por que não nos disse que ela tinha voltado de Brasília? – Jihyo perguntou após levar mais um tapa de Momo.

- Eu descobri ontem...meu pai disse que era uma surpresa e por isso ele não me disse antes.

- Que merda, imagina encontrar com o satanás e belzebu no mesmo dia.

- Momo! Não fala assim da família da Sana. – Jihyo reclamou deixando um belisco no ombro da mais nova e fazendo Sana rir delas duas.

- Eu conto como foi depois, me falem sobre como a Momo ficou assim.

- Certo, começou com a gente indo no mercadinho do Yoogy...

Flashback On

- Eu não acredito que estou fazendo compras com você às 9 horas da manhã! – Momo reclamou enquanto empurrava o carrinho de supermercado pelos corredores.

- Não seja chata Hirai, eu sei que você adora a minha companhia.

Momo revirou os olhos enquanto seguia Jihyo e desviava das senhoras rabugentas que a olhavam feio sempre que ela não deixava elas passarem primeiro.

- Beleza, já temos leite, ovos, muitos sabores de miojo estranhos e agora só falta a pipoca.

- Ainda indignada que na sua casa não tinha pipoca, que casa não tem pipoca?