SOLIDÃO

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Amanheceu e eu não consegui dormir, eram 6 da manhã, me espreguiçei, bocejei, do lado da cama em cima da cômoda, havia um retrato da minha A-nueng, senti uma pontada aguda em meu peito.
Dando passos devagar cheguei ao banheiro, tranquei a porta, tirei minhas roupas que estavam encharcadas de suor, dessa vez não usei a banheira, mas sim o chuveiro, girei a torneira, e comecei a me banhar, gotas super geladas cairam  por cima de minha pele, uma sensação relaxante, deslizo o sabonete por todo meu corpo, sinto um formigamento em minhas áreas íntimas.

Ah não, meu interior está ardendo, A-nueng já chega! Eu aprendi a lição, só volta para meus braços!
Deslizo a mão em meu abdômen, enquanto a força da água jorra por todos meus fios de cabelos, meus mamilos começaram a doer.
Seguro meu peito esquerdo, massegeio de forma gentil, puxo o mamilo, e com a  minha outra mão livre, brinco com meu clítoris.
Ah infernos! Não é a mesma coisa quando minha namorada me toca, A-nueng! A-nueng! A-nueng!
Enfiei dois dedos dentro... Estou empurrando bem rápido, meu leite começou a jorrar através de meus peitos.
Estou pensando na minha bebê, quero ela comigo! Ahhh! Ahhh....
Minhas pernas ficaram bambas, fiquei tonta de repente, caí no chão, perdi a noção do tempo de quantos minutos fiquei desacordada.

__ Nueng! Nueng! Meu amor....eu te amo!

Acordei feliz! Mas lembrei que era apenas um sonho, haviam se passado quinze minutos, peguei meu roupão, e retornei ao meu quarto, o silêncio soava como uma trombeta, cobri meus ouvidos, era como se eu estivesse enlouquecendo de saudades.

Não posso ficar aqui parada esperando ela voltar! Tenho que ir atrás dela, implorar pelo seu perdão, e se ela não me perdoar continuarei tentando de qualquer forma.

Peguei meu celular que estava caído no chão, procurei seu número na minha lista de contatos, liguei para ela duas vezes só que ela não me atendeu.

Atende meu amor! Anda A-nueng...ah droga, por que não me atende? Pare de me torturar meu bebê!

[............]

Porque a Nueng é tão complicada? Se ela soubesse como isso me machuca, mas não é sempre que vou ficar correndo atrás dela.
Dirigi a noite inteira sem destino nenhum, resolvi passar na casa da minha amiga Zia, preciso conversar com alguém e ela é a única  que me entende, assim que cheguei estacionei meu carro, e fui correndo apertar a campainha da sua porta.
Sua namorada Bomi abriu a porta e me convidou para entrar.

__Desculpe o incômodo a Zia está acordada?

Perguntei rapidamente, eu estava aufórica, ainda eram 8 da manhã.

__Bom eu sempre acordo bem antes dela, mais vou chamá-la.

__Obrigada Bomi.

__Ei você não parece bem o que aconteceu?

__Eu estou bem.

Eu não sabia mentir, minha expressão facial  entregava o quão mal eu estava, sentia uma dor de cabeça intensa por chorar a noite inteira, meus olhos estavam inchados, meu rosto estava todo vermelho.
A minha antiga professora ficou com dó do meu sofrimento, me abraçou de forma gentil, e acariciou minha cabeça.

__Shi...shi... Está tudo bem, fique calma.

Ela sempre foi uma professora gentil, carinhosa, amorosa, ficava triste quando seus alunos estavam com problemas, Zia então se levantou, ainda sonolenta por ter acabado de acordar, esfregou seus olhos, ficou chocada ao me ver tão acabada....

__Meu Deus A-nueng! O que aconteceu? Você está péssima

__Zi...Zi...Zia ela não me ama!

Minha amiga então correu em minha direção, me abraçou bem apertado, e começou á dar tapinhas nas minhas costas,  ajudou a me sentar no sofá, a Bomi foi até a cozinha pegou um suco de laranja e uma fatia de bolo de cenoura.

 BLANK = AMOR POSSESSIVO Onde histórias criam vida. Descubra agora