O PRIMEIRO ENCONTRO

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      Ele adentrou a ampla sala circular do seu mestre com passos cuidadosos

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      Ele adentrou a ampla sala circular do seu mestre com passos cuidadosos. Seus olhos cinza-escuros, cercados por profundas olheiras, percorreram cada detalhe do cômodo até encontrar a imponente figura deste, sentada em um elegante cadeirão de veludo vermelho sob a luz dos archotes.

Como sempre, o mestre se destacava por sua alta e esguia estatura, emoldurada pelos cabelos ruivos ondulados que caiam sobre os largos ombros. Sob a testa nobre, seus olhos reluziam num rubro intenso, inquisitivo como o de um falcão.

Já ele era magro e de porte médio, com traços angulosos e pálidos. Seu queixo pontudo e ombros encurvados conferiam uma aparência sobria ao seu semblante cansado. Ao se aproximar, tossiu baixo, rouco, como se carregasse o peso do mundo.

— Chegou mais cedo do que esperava, rapaz. Alguma pressa? — Indagou o mestre, os orbes flamejantes cravados nele.

— Apenas ansiedade pelo trabalho, mestre. — respondeu em tom monótono. — Será este alvo fácil de ser encontrado?

— Talvez. Cuidado com a idade dele, pode ser mais esperto do que aparenta. — advertiu, estendendo uma ficha.

Ele leu atentamente as informações. Seu fino sorriso denotava curiosidade mista a inquietação. Aquele Mário Honório traria surpresas? Só restava aguardar o raiar do dia seguinte para descobrir.

Com uma breve mesura e bochecho desdenhoso, saiu da sala, a porta dupla rangeando em seu encalço. E assim se iniciava mais uma caçada.

 E assim se iniciava mais uma caçada

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SEVEN SINS: Explore os cantos sombrios da alma humana através desses sete contosOnde histórias criam vida. Descubra agora