Eu só percebi que precisava respirar quando senti o vento bater contra o meu rosto durante a queda,eu sabia que duraria uns três minutos,pois eu já havia me jogado em queda livre ,aos onze anos,em uma tentativa de suicídio,e então,percebi que o meu corpo não se destruiria assim facilmente,tudo o que aconteceu foi amas costela quebradas e 100 m de altura me mostraram que eu tinha certa resistência a ações que seriam danosas a minha pele
Eu abro as asas e subo rapidamente para o céu,rumo ao meu lugar, e em menos de dois minutos eu podia vez todo o reino,toda a versília brilhava diante dos meus olhos,uma lágrima rolou e eu decidi voar pelo vale,eu fui em direção a floresta,voando rápido e sentindo o vento bater contra o meu rosto e contra as asas,eu subo alto e depois mergulho fundo no ar,veloz e forte para baixo,rumo às profundezas da floresta fazendo uma curva aberta para frente quando já estava a uns sete metros das árvores,eu amava voar,ei me sentia livre,e seguro,de uma forma que eu jamais me sentiria dentro daquele castelo
Eu saia daquela prisão e me lançava em viagens e velocidades cada vez maiores,um voo gracioso,calmo e veloz,fruto de anos de prática,me fazia passar por entre as árvores como um golfinho na água
Eu ultrapassava os gatos selvagens,as águias em caça...eu sentia que podia ter o mundo,quando estava voando,sempre que eu cortava o vento por entre aquela mata,eu me sentia um rei,literalmente um rei,um homem poderoso e forte capaz de tudo
Eu pousei em uma colina,um monte que ficava no meio da floresta e respirei fundo,sentindo o ar inundar os meus pulmões e admirei o castelo que abrigava a família real e seus sucessores,18 seculos de tradição que foi quebrado pelo meu nascimentoeu também admirava a vercília,um dos reinos mais antigos do ocidente,regido pelos maiores monarcas da historia,p homem mais corajoso e esperto do mundo Eugênio Matteo e a mulher mais bela e mais astuta dos 5 continentes,Hadassa Vanni, o reino que eu herdaria s não fosse por elas...
minhas asas
Fabrício Vanni Matteo e Agnes Geo Vanni Matteo,os herdeiros "legítimos" herdeiros do trono,eu não existia para o mundo e continuaria assim,eu lia todos os dias as colunas sociais que diziam o quanto meus irmãos prometiam superar os pais em todos os apectos
eu olhei o céu,as estrelas e a lua,quando uma estrela cadente atravessou a noite,rápida mas belíssima,eu fechei os olhos e fiz um pedido,o mesmo pedido que ocupava as minhas orações diárias ,os meus "pedidos secretos" de aniversario,aquilo que ocupava as minhas vontades aquilo que eu desejava fervorosamente
que eu fosse normal
era tudo o que eu desejava,tudo que eu queria...eu me amo,amo minhas asas cuido delas com uma dedicação louvável mas eu abriria mão delas se esse fosse o preço de sair na rua,de ir na escola,de sair pelo castelo,de conhecer outras pessoas,de viver livre,e não preso em um maldito quarto...
eu ouvia enquanto a minha irma mais nova,agnes,me contava sobre sua vida,sua escola,suas amigas,sobre as brincadeiras,festas e suas paixões
e quando ela ia embora,eu chorava,lembrando que jamais viveria nada daquilo.
umas duas lagrimas rolaram do meu rosto e eu me levantei,secando-as e batendo a poeira das calças,e voltando a subir na direção do céu negro
cheguei em casa,pousando silenciosamente na sacada e atravessando as portas entreabertas,mal entrei e algo caiu em cima de mim me derrubando,no susto,por extinto,as asas explodiram novamente jogando o corpo estranho com força contra a parede
eu me levantei assustado e pronto para me defender de quem quer que fosse mas o meu alarde e raiva foram substituídos por panico e medo quando percebi que o "corpo estranho" era na verdade,Agnes,que estava caída no chão,gemendo de dor
_ai - ela disse ao se levantar - poxa Marc
ela ri um pouco enquanto levanta a camiseta afim de examinar a possível presença de um hematoma
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ascendência
FantasyMarcus é um príncipe que nasceu com uma característica peculiar,os seus pais,o rei e a rainha fazem de tudo para esconder o filho,decidindo por fim,envia-lo a um internato onde ele descobre segredos que nunca imaginou