Eu te amo

26 4 0
                                    

Passei os dias ansiosa, se fosse possível eu faria os ponteiros do relógio andar mais rápido.
Sexta quando cheguei da escola, já estavam todos arrumados me esperando.
Me preparei o mais rápido possível.
Na estrada estava um transito horrível.
Quando chegamos, Gabriel já estava no portão da casa dele nos esperando.
Corri de encontro a ele, ele me apertou tirando meus pés do chão.
- Menos- ralhou meu pai.
Tia Mariana preparou o jantar para nós. Depois papai, mamãe e Miguel voltaram para. Mas antes é claro, meu pai deu um aviso a Gabriel.
- Nada de gracinhas e mão boba- Disse segurando a mão de Gabriel.
- Tudo bem, eu nem pensei em mão boba- disse Gabriel, meu pai apertou um pouquinho mais a mão do meu namorado.
- E nem gracinhas - concluiu Gabriel sobre o aperto exagerado de meu pai.
Tia Mariana me deixou dormir com Gabriel no quarto dele, mas nos fez prometer que não avançariamos o sinal.
- Sua mãe é legal- falei me sentando na cama dele.
- É, ela não vive tentando quebrar os seus dedos. - Disse Gabriel fingindo sentir dor nas mãos.
- Meu pai só quer me proteger.
- Então, ele não deverei deixar você dormir aqui- sussurrou em um tom ameaçador. Em menos de meio segundo eu estava deitada na cama com Gabriel em cima de mim, ele me prendia em seus braço.
- Agora você é minha prisioneira- sussurrou com a boca colada a minha. Senti um arrepio percorrer meu corpo.
Ergui só um pouquinho a cabeça e juntei meus lábios nos dele. Gabriel explorou cada canto da minha boca com a língua. Gabriel afrouxou os braços, segurei o pescoço dele com as mãos, a boca dele foi para meu queixo, e depois chegou ao meu pescoço, me fazendo sentir coisas que eu não devia.
As mãos dele na minha cintura me puxava para mais perto. Eu sentia meu corpo se moldando ao dele. Então me dei conta de que aquilo poderia evoluir ainda mais, o sinal poderia ser avançado em questão de minutos.
- Gabriel- Sussurrei arfando
- Alicia? - sussurrou ele, voltando a colar a boca na minha.
- O sinal- Falei com a boca grudada na dele.
- Hum ?- fez com a respiração irregular.
- Não podemos quebrar- Falei virando meu rosto para escapar dos lábios dele.
- Quer que eu pare?- perguntou com o rosto a sentimetros do meu, me olhando com os olhos azuis em brasa.
- Sim- Respondi com a voz trêmula.
Gabriel saiu de cima de mim, levando para longe todo o calor do seu corpo.
Voltou a se sentar, procurando pelo ar. Me sentei ao lado dele , tentando fazer com que meu coração desacelerasse.
- Gabriel- falei rouca.
Ele me olhou, esperando que eu falasse.
- Me desculpa- Pedi com medo de que mudasse alguma coisa por causa da minha recusa em continuar.
- Dama, você não tem que pedir desculpa, eu sim é que tenho.- falou colocando a mão em cima da minha.
- Mas eu...
- Shhhh,não precisa dizer nada.
Ele me puxou para mais perto, me deitou ao lado dele, e ficamos assim, deitados um ao lado do outro.
- Eu te amo- Sussurrou Gabriel. Eu mau pude acreditar no que eu ouvia. Pela primeira vez, Gabriel estava me dizendo que me amava.
- O Que você disse?
- Eu te amo Alicia- respondeu com os olhos nos meus. Meu coração só faltou explodir. Me senti flutuando. Me senti em um sonho, um sonho que eu jamais queria sair.
- Eu também te amo Gabriel- Falei sentindo as lágrimas escorrendo pelo meus rosto. Gabriel sorriu diante dos meus olhos embaçados de lágrimas.
Me deu um beijo na boca, e voltou a me abraçar.
Essa noite foi uma das melhores noite da minha vida. Dormir abraçada com Gabriel foi uma experiência nova, boa, nunca imaginei que seria assim tão bom, me senti protegida, amada.
As palavras "Eu te amo" ditas de Gabriel para Mim ficaram ecoando em meus ouvidos até que dormi.

Os medos de AliciaOnde histórias criam vida. Descubra agora