Capítulo 9.

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Agora a banda estava completa, e só restava esperar o inverno chegar.
Todos os dias após o trabalho eu e Mary encontrávamos Kai e Lucy que deixava a gente entrar no escritório do senhor engravatado, o Bob, enquanto ele não estava e tocávamos um pouco.
Sei que sou suspeita para falar mas nós éramos uma boa equipe.

Sempre saímos de lá por volta das onze da noite, e Kai me acompanhava até a casa de Gwen, pois segundo ele eu poderia ser sequestrada.
- Isso é maluquice, quem iria me sequestrar?
- Algum maluco? Um tarado? Um dos esquisitos do bairro?
- Você é esquisito e é desse bairro, logo, você pode ser esse maluco, tarado, esquisito, assassino, que me sequestraria. Afinal nem te conheço direito.
- Primeiro, eu nunca falei assassino. Segundo você pode me perguntar o que quiser que eu vou responder.
- Hmmmmm deixa eu pensar...Qual sua cor favorita?
- Eu ouso dizer preto e vermelho
- Previsível
- Como assim?
- Você só usa essas cores
- Uma vez eu já usei uma camiseta azul
- Sei
- Que bom então - Diz ele sorrindo de um jeito bobo e irritante, que fez algo em mim derreter - Mais alguma pergunta? Dessa vez seja mais profunda.
- Você gosta de água? Brincadeira. Quando foi a última vez que você se apaixonou?
- Só me apaixonei uma única vez, e faz, o que? Umas 4 ou 5 semanas.
- Entendi, por que você nunca se apaixonou antes Kai?
- Nunca acreditei no amor de verdade, nunca quis ter uma família, bom não pensava em viver até essa garota chegar. - Diz ele com um olhar profundo.

Queria ter me aprofundado mais naquele assunto, mas tínhamos chegado em casa, sempre era tarde de mais para eu ir para casa sozinha, então também era tarde para Kai ir. Ele passava noites deitado no nosso sofá, e sempre que acordava ele já estava acordado também, ele fazia o café mas sempre me pedia para fazer os cupcakes, ou panquecas, ou ovos mexidos.
E as noites começaram a esfriar cada vez mais então ele sempre fazia chocolate quente para mim, logo depois de eu tomar banho, ele falava que era nosso segredo. Pois ele não fazia a mais ninguem.

Ele tinha cheiro de casa.

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