Chapter VI - Stimmen

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"Mesmo calada a boca, resta o peito." — Chico Buarque de Holanda

POV: Ingrid Kurtz

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05:50AM

Com o corpo jogado metade na cama e metade completamente fora dela, finalmente dormia após uma longa noite tentando pegar no sono e "lutando contra alguns demônios", sem ter muita noção de que horas fui dormir, mas tudo isso por culpa da Amazon Prime Video e do Batman, digo, Dean Winchester. Aparentemente não ouvi o despertador tocando de 5 em 5 minutos desde 05:30AM, o que não é algo tão habitual assim.

"Eu vou me matar na sua frente..." — Assim que acordei quase tendo um ataque cardíaco com o maldito alarme de sempre, me levantei rapidamente para o desligar, mas... É, adivinha quem caiu de volta na cama por conta da pressão baixa? Exatamente, eu!

Ainda estava escuro lá fora, como sempre, o frio é brinde, logo passa, e enquanto isso, meus ouvidos pareciam intercalar entre ouvir o alarme estourado e "ouvir" meus próprios batimentos cardíacos pulsando em meu cérebro... O dia já começou muito bem, não?

Apesar de na minha cabeça ter xingado o pobre despertador em 27 idiomas diferentes, levantei em silêncio e o desliguei com calma, respirando fundo e percebendo que essa minha breve desmaiada durou 25 minutos e não os 1 minuto e meio que pareciam.
Bom, os testes de câmera começariam às 09:00AM, logo estou livre até às 08:30AM, já que se eu for com o Porsche (e parar pra finalmente abastecer o coitadinho com gasolina V-Power porque ele merece) chego voando lá, e... Não se preocupem, de dia eu juro que sou uma ótima piloto.

Só queria saber o que aconteceu noite passada, que dor de cabeça do caralho... Eu bebi e não tô sabendo? Que horas eu fui dormir? Umas 00:30AM? Qual foi, eu não consigo me controlar e assistir só um episódio quando não tenho mais nada pra fazer no dia... Pior que ainda preciso trocar as cordas da guitarra, mas a preguiça vem falado mais alto.
Enquanto caminhava lentamente até a cozinha para como de costume preparar aquela garrafa de café bem forte, adivinhem de quem a pressão baixou de novo! Dessa vez pelo menos não caí, só... Me sentei no chão tal qual um neandertal, sentindo um típico gosto acre na boca.

„Verdammt...“ — Traduzindo: Porra. Foi a única palavra que saiu de meus lábios até que eu me levantasse dali, largando o celular ali no chão mesmo, para só enfiar uma colher de sal de cozinha goela abaixo e tentar comer algo mais consistente. — "Se eu ficar morrendo assim, não vou conseguir sequer dar as caras nos testes de câmera... Vamos lá, Ingrid, por favor, acorda, ressuscita!" — Coisas do tipo passavam minha cabeça com um certo desespero, enquanto uma náusea crescente se manifestava cada vez mais.

"Qual foi, Deus? Tá querendo me dar algum sinal divino pra eu não ir hoje? Minha carreira depende disso, por favor!" — Sinceramente, acordei com a mesma sensação de se acordar de um coma (não me perguntem como tenho conhecimento dessa sensação), só que com o diferencial de estar em casa e me lembrar de tudo... Ou quase tudo, enfim, o que eu fiz de mais quando cheguei?! E por que caralhinhos voadores a luz da cozinha "dormiu" acesa?!

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POV: Narrador

01:17AM daquele mesmo dia...

Ah, como explicar em detalhes? Continuava chovendo, aparentemente não ia parar tão cedo. A televisão havia sido desligada há uns minutos, já que o senso comum e o sono excessivo de alguém que acordaria às 5h da manhã haviam finalmente atestado sua presença ali.

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⏰ Última atualização: Jul 08 ⏰

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 𝗛𝗼𝘄 𝗜 𝗪𝗮𝗻𝘁 𝗧𝗼 𝗕𝗲 𝗙𝗿𝗲𝗲 - Taz SkylarOnde histórias criam vida. Descubra agora