Capítulo 4

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Oiiiii, mais um dia, mais uma att

Vi vcs comentando no tt e meu coração ficou quentinho, obg a quem ta acompanhando, seja comentando em algum lugar, ou só lendo mesmo, espero que estejam gostando.

Vejo vcs no final

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Ao ver as lágrimas escorrendo no rosto de Ramiro enquanto o peão cheirava um lenço rosa, a lembrança bateu na cabeça do dono do bar com a força de um trem descarrilado e a potência de um relâmpago. Ele, com aquela blusa branca, que agora estava largada, na cama, e com uma calça rosa, linda. Na frente de uma van abraçando Ramiro, todos estavam presentes, e por algum motivo isso aquecia ainda mais o coração de Kelvin. Ele foi embora, mas prometendo que voltaria e entregando aquele mesmo lenço ao peão, que jurou que o esperaria. As lágrimas começaram a escorrer por seu rosto, e um soluço que escapou chamou a atenção de Ramiro.

—Não chora, pequetito — falou, dando um passo em sua direção, com a intenção de abraçá-lo, mas se contendo em seguida — tá tudo bem, tudo isso vai voltar pra sua cabeça algum dia. Não tem pressa.

—Eu quero usar a blusa com pedrinhas, e a calça rosa que combina com ela. E se você me emprestar o lenço eu posso amarrá-lo em alguma bolsinha também. Mas depois eu te devolvo, ele é seu agora.

Um sorriso surgiu em ambos os lábios, as lágrimas se converteram em felicidade pela pequena, mas importantíssima, lembrança recobrada.

—Eu fiquei muito tempo no longe, ne? — Perguntou o dono do bar

—Tempo demais, mas océ voltou, océ sempre volta pra mim, e eu vo ta esperando sempre océ — Contestou Ramiro, consolando a ambos.

Antes de dormir Kelvin trocou de roupa com ajuda de uma enfermeira. No geral ele não sentia vergonha de seu corpo, inclusive adorava mostrá-lo, será que Ramiro reparava? Ele gostava que os homens o desejassem. Entretanto, por algum motivo, ficou com vergonha que o peão o visse seu corpo nessa situação, que visse as marcas que ainda tinha. Por isso inventou uma desculpa qualquer para que Ramiro saísse do quarto antes de chamar a enfermeira pra ajudá-lo.

Ao voltar, Ramiro viu Kelvin com uma blusinha azul que fazia conjunto com um short de croché, pequeno, amarelo com listras azuis. Não viu os machucados em seu corpo pois o cantor já estava deitado e coberto com um lençol, mas não deixou de perceber que ele colocou o único conjunto curto que o peão tinha levado.

— Océ que que eu passe seus creme n'océ antes de dormi? Océ falo que gostava de passa sempre pra te a pele macia que nem bebe como océ tem — Perguntou tentando não pensar no que a escolha de roupas significava

— Serio? Eu ia adorar — Respondeu Kelvin animado

— Sim, eu faço com gosto, mas eu não sei como que passa, océ vai te que me ensina

—Ótimo, pega a nécessaire ali

E assim passaram as próximas horas com Ramiro fazendo o skin care de Kelvin, tendo muito cuidado com as áreas ainda sensíveis em seu rosto e tentando entender para que servia cada um dos infinitos produtos que o cantor tinha.

O peão, depois de muita insistência de Kelvin, acabou fazendo uma máscara em si mesmo também. Enquanto esperavam o tempo de pausa das máscaras, comeram as bolachinhas que Ramiro tinha comprado ao sair mais cedo e trazido escondidas em sua roupa.

Kelvin se encantou com o jeito que Ramiro cuidou dele, no começo tinha medo do peão ser afobado demais, mas se surpreendeu com a delicadeza até estranha para um homem acostumado a trabalhos braçais. O loiro pode sentir o carinho do peão em cada toque na sua pele, o que esquentou seu coração mais uma vez.

o que seria?Onde histórias criam vida. Descubra agora