Capítulo 6 - Final

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Então gente, chegamos ao capítulo final dessa bagaça

Obrigado pra quem acompanhou até aqui, fiquei chocada com a quantidade de gente que comentou, que curtiu, que leu.
Espero ter cumprido suas expectativas.

O capítulo tá longuinho só por ser o último (porque não consegui não escrever muuuuuito?)

Como sempre, vejo vcs no final

Aviso: esse capítulo tem hot 🔞
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-Desculpa interromper, mas eu preciso do Ramiro, nós pegamos o Dr La Selva e um de seus capangas, mas precisamos de sua identificação visual do mesmo - Soltou o Delegado Marino, assim que abaixou o vidro, tirando-os do seu momento.
-O senhor me dá um minuto que eu vo ajuda o Kevinho a entra de novo lá no bar e já vo.
Quando chegaram na porta do bar, Kelvin já tinha se recomposto e tinha um olhar feliz e cheio de paixão para Ramiro.
-Benzinho, nois precisa conversa do que aconteceu agora a poco, mas eu tenho que i lá com o delegado. Océ tá bem? De verdade? Océ pode aguarda um poquinho por eu?
-Eu poderia aguardar mil anos por você, minha vida - deixou escapar o menor com um sorriso bobo nos lábios - Eu vou estar lá em cima, quando voltar vai por lá.
-Tá bom.
Ramiro estava ainda confuso, a ponto de sair do bar, quando se sentiu puxado por Kelvin, que deixou um selinho em seus lábios e se virou, voltando devagar para dentro. O peão ficou sem reação, olhando-o afastar-se até que a buzina da camionete de Marino o tirou do transe.

Enquanto esperava pela volta de Ramiro, Kelvin tomava um banho quente, tentando relaxar e acalmar seu coração que parecia querer pular pra fora de seu peito.
O momento que viveu minutos antes fez que finalmente as peças se encaixassem. Ainda faltavam coisas, é claro, mas abraçando Ramiro naquele matinho, aquele que tinha sido seu canto por tanto tempo, sentindo seu peito, as batidas do seu coração, ele se sentiu finalmente em paz, e quando isso aconteceu, ele lembrou.
Lembrou das bebidas que levava para o peão nas noites em que ia visitá-lo, quando ainda alegava "ser macho" mas o convidava para entrar em seu carro.
Lembrou de estar bravo com Ramiro, secando-o logo depois de ter jogado uma bebida, por pura birra.
Lembrou de Ramiro dando vários apertões com seu braço para fora da janela. Das noites cuidando de Agatha, as conversas jogadas fora, o selinho compartilhado na desculpa do macarrão.
Lembrou das despedidas, da dor de deixar ir e ter Ramiro deixando-o ir. Lembrou de cada volta, de sentir seu amor se renovar, lembrou de sorrir.
Lembrou de Ramiro dizendo que sempre teriam Nova Primavera e logo depois o resgatando, numa loucura sincera.
Lembrou dos sonhos intermináveis, das brigas, dos preconceitos, das idas à terapia, do amor, dos seus efeitos.
Lembrou dos seus beijos, dos medos, dos desejos, dos segredos.
Lembrou da desconfiança, que quase o levou a morte, lembrou do ódio, da falta de sorte, lembrou da dor, mas em todo momento lembrou do amor.
Sentiu seu coração quebrar em mil pedaços e se recompor novamente, sentiu que haviam vivido um milhão de vidas só pra chegar no presente.

Quando Ramiro voltou estava extremamente feliz, mas ainda mais ansioso. Tudo o que aconteceu naquele fim de tarde o deixou extasiado demais. Finalmente tinham preso Antônio La Selva, Marino tinha armado um bom caso contra ele, que incluía um acordo com o peão e este provavelmente não seria preso. A audiência com o grupo La Selva pelas condições laborais do peão estava marcada para dali dois dias, mas estando na delegacia ele encontrou Petra e eles já tinham quase chegado num acordo, no qual Ramiro obteria provavelmente menos do que merecia, mas muito mais do que tinha pensado conquistar algum dia.
Decidiu tomar um banho para se acalmar antes de conversar com Kelvin. Não tinha certeza do que o seu loiro tinha lembrado, mas claramente tinha mudado tudo.

Quando entrou no quarto, Kelvin estava deitado usando uma camiseta marrom que Ramiro reconheceu ser sua e uma cueca box preta que apenas ficava aparente no lado de sua coxa.
-que' isso pequetito, océ falo que minhas roupa não era na moda e tá usando minha camiseta?
Kelvin levantou de um pulo e riu da expressão divertida do outro
-em mim tudo fica bom, meu amor. Mas a verdade é que eu queria continuar sentindo seu cheirinho quando você teve que ir. Eu gostei dessa, vou ficar pra mim, tem cheiro de macho, do meu macho.
-Kevin' eu não quero tá entendendo as coisa errado, porque eu só jumento as vez e océ...
-Ramiro, não fala isso, por favor, você não é jumento, você é um amor, é meu grande amor - o cortou o loiro, se aproximando
-benzinho, océ...?
-sim Rams, eu lembro
-Eu tive tanto medo de perde océ, d'oce não gosta mais d'eu, de nunca lembra que me amava, das suas memória não volta mais -soluçou- e d'oce nunca mais volta pra mim, eu não sei o que seria d'eu sem océ
-Mas eu sempre volto pra você, pode até ter demorado, mas eu sempre volto, meu amor - Respondeu Kelvin com lágrimas rolando pelo seu rosto enquanto abraçava
- Eu esperaria uma eternidade por océ - Disse colocando as mãos no seu lugar por direito, a cintura de Kelvin
-Ainda bem que não tivemos que esperar - Sorriu afundando sua mão na barba de Ramiro
-É, porque eu sem océ não dá
-Sabe o que eu vou fazer agora? -Perguntou Kelvin
-Um apertãozin' - respondeu Ramiro rindo
-Não, eu vou te dar um beijo, um beijo de amor

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⏰ Última atualização: May 29 ⏰

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