Em um mundo mergulhado em sombras e segredos, onde a ciência e a fé se entrelaçam em uma dança perigosa, emerge em " Biopunk ". Escrito nas entrelinhas do desconhecido, este livro transcende os limites da compreensão humana, revelando uma narrativa...
"Agradeço aos meus pensamentos Estranhos e confusos, me dando sempre ideias sobre histórias."
Vi as bombas, aquelas malditas bombas, vi os animais evoluindo, Se transformando e mudando a cada segundo eu via as pessoas morrerem, todas ao meu lado. Sinto saudade da minha família. Eu vivi a guerra e posso dizer que morri, pelo menos era oque eu achava.
Quando eu senti o calor do inferno em minha pele, os choros e gritos de cada ser humano da terra, eu percebi que eu estava de fato morto, não sabia aonde estava meus filhos, minha mulher e muito menos minha dignidade.
Quando tudo estava perdido, quando a única coisa que eu sentia era a dor eu senti algo, sentir o calor das bombas novamente, a radiação entrando em cada canto de minhas veias, sentir o meu pulmão queimado respirando, até que...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu acordei. Eu sonhei? Foi tudo um mero sonho? Era bom de mais para ser verdade! Senti cada músculo, cada respiração, novamente. Tudo de novo mas, por que?! Era para eu estar morto, eu estava a poucos Km da bomba. De repente sinto meu corpo se levantar sozinho, não parecia que eu era quem estava "comandando", me levantei de forma incontrolável e até mesmo confusa. Senti uma dor enorme, mas não conseguia gritar, senti o resto da água que havia em meu corpo saindo pelos meus olhos, meu corpo mal tratado e em estado de decomposição estava se deformando, criando músculos, conjunções, veias, órgãos eu senti todo meu corpo ser reconstruido em míseros segundos, então de repente da minha boca saia algumas poucas palavras.
- Finalmente, um hospedeiro com consciência.
Minha voz estava estranha, diferente, grossa e com uma parte aveludada, era bonita mas não entendia oque estava ocorrendo naquele momento, meu corpo começa a se movimentar sozinho, para frente, eu via o deserto, minha casa deixou de existir, me pergunto quanto tempo passou 30? 20? 100? 1000? Era um deserto, cheio de corpos, alguns poucos locais com árvores estranhas, quando meu corpo fala sozinho novamente.
- Escute, te revivi. Sou um parasita que precisa de um organismo consciente e inteligente, te procurei por que de alguma forma você foi um dos poucos que permanecia com uma pequena parte de seu cérebro, mesmo putrefado e nojento, escolhi este corpo, não sei quem você é. Mas estamos dividindo o mesmo corpo, a partir do momento em que lhe assumi para mim compartilhamos memórias e estamos em uma simbiose forçada, se eu morrer você também morre. Já tive outro hospedeiro, era um rato inteligente, consegue me ouvir? Talvez ainda esteja confuso.
Fiquei surpreso com tudo aquilo, eu estava morto e vivo? Eu era um zumbi? Me pergunto se tudo isso foi apenas um sonho, mas mesmo com toda essa loucura, tentei controlar meu corpo e consegui mover um de meus braços, logo a minha boca falava sozinha novamente.
- Oh, preocupante você ainda consegue se controlar e eu estou ouvindo seus pensamentos. Caim.
Caim?! Eu finalmente lembrei do meu nome! senti poucos segundos de sofrimento mas já me esqueci de tanta coisa.
- Escute-me quem manda aqui sou eu. Preciso me acostumar com "nosso" novo corpo, sei que você queria estar morto, sei o quanto sente saudade de sua família e de sua vida, existe diversos buracos em sua memória.
Me pergunto se este verme controlador de corpos possui algum tipo de nome, mas antes que eu pudesse perguntar para ele de alguma forma, meu corpo se move sozinho, correndo um velocidade extrema, senti 4 braços, diversos pares de músculos novos, cada um se rasgando, se refazendo, se regenerando. Parecia magia mas aquilo era o novo eu, infelizmente aquilo era eu. Ouvi um barulho vindo dos céus, consegui novamente movimentar uma das partes de meu corpo, desta vez meus olhos, estavam enxergando melhor, muito melhor me sentia como uma águia, senti e ouvi aquele barulho e quando olho para cima me deparo com algo assustador.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Me espantei, meu corpo novo não aguentava aquilo, minha adrenalina disparou, não sabia oque era aquilo pois nunca vi algo daquele tamanho, era um monstro da guerra? Não sei, eu senti meus músculos se conectando e puxando cada parte das minhas pernas, a adrenalina era muita eu nunca corri naquela velocidade, mesmo tudo estando confuso naquele novo mundo, mesmo tudo parecendo perdido eu me sentia bem, sempre gostei de correr.
- Escute, não sei você mas eu estou com fome, você não está acostumado com esse mundo eu vejo isso....vi oque aconteceu depois que vc morreu e pelo visto este mundo é bem melhor do que aquele em que você estava enquanto morto.
Eu senti minhas cordas vocais novamente, então eu finalmente consegui falar, pela primeira vez depois de muito tempo.
- FOME!
A palavra saiu de mim em uma forma selvagem, um grito de guerra imponente e estridente que ecoou sobre aquele deserto, senti a dor de ter falado e eu não quis falar exatamente isso. Mas como o "parasita" sabe oque sinto eu provavelmente fiz o certo, quando o corpo olhou de novo para cima o grande monstro tinha sumido, de repente assumi uma forma de combate em 4 patas, ouvi algo a diversos metros de distância talvez quilômetros, mão tinha mais a cartilagem de meu nariz mas eu conseguia sentir cheiro de algo se aproximando.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Sente isso hospedeiro? Essa vai ser nosso lanche.
Um rugido estridente e incontrolável saiu de minha garganta, era como um aviso, não de ajuda mas sim de perigo, era como ouvir o próprio diabo sussurrando em seu ouvido, mesmo sendo emitido pelo parasita eu senti o meu corpo arrepiando, senti meus músculos se remodelarem novamente e novamente, até começar a correr novamente naquele grande deserto, sentindo o cheiro cada vez mais próximo eu vejo a minha pressa. Oque houve comigo? Por que estou agindo como se tudo isso fosse normal, me pergunto se o parasita está liberando algum tipo de feromonuo ou droga para que eu não possa controlar meu próprio corpo. Olhei finalmente para o animal, era uma mistura de parasita, inseto e humano, nunca vi coisa tão grotesca se eu sentisse meu estômago provavelmente teria vomitado.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.