ᴛʜᴇ ʟɪɢʜᴛ ʙᴇʜɪɴᴅ ʏᴏᴜʀ ᴇʏᴇs. [jaywon]

2.1- entre idas ao supermercados e pontes; "Yang...".

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Jungwon p.o.v🐱

Logo após as festas de ano e toda confusão amorosa dos Sunki, chegou a hora de voltar à fria realidade de uma vida monótona. Voltamos para nossas casas, cada um com sua correria diária. Mas algumas coisas mudaram desde o verão.
Após a volta das férias, comecei a ter crises mais frequentes que duravam a noite toda, afetando seriamente meu humor. Eu parecia um gato arisco, pronto pra atacar qualquer pessoa que me tirasse do sério.

Essa noite foi uma das noites em que eu não dormi nada e quando eu ia pegar no sono, o despertador tocou indicando a hora de se arrumar pro colégio.
—Eu esperava mais de você – disse para o eu do espelho, o qual possuía olheiras fundas e olhos vermelhos.
—Bom dia, filhão! Como você... Credo, Jungwon – disse minha mãe ao entrar no quarto e ver meu estado — Passou a noite acordado denovo?
—Sim, não consegui dormir – respondi enquanto caminhava em direção ao banheiro.
—Outra crise? – perguntou se encostando no batente da porta.
—Uhum – resmunguei enquanto escovava os dentes.
—Vou fazer um chá pra você dormir hoje, me avise quando for deitar. Boa aula, não esqueça de tomar café. Mamãe ama você – se despediu.
—Certo, também te amo.

[🍃]

Eu não sei por quê existe aula de geografia, claro que é uma matéria super importante por diversos fatores, mas não teria como deixar a aula um pouco mais interessante?
Criando um grande combo com as minhas noites mal dormidas e a chatice dessa aula, eu acabei dormindo.

Ouvindo a voz do professor ao longe da minha mente, comecei a ouvir o som de outra voz. Derrepente estava deitado no colo de uma pessoa em um campo de flores. Uma voz familiar me chamava.

—Yang Jungwon. Príncipe Yang. Acorda – outra vez ele?
—Quem é você? – perguntei para o menino que me segurava em seus braços, logo o reconhecendo. Era o Príncipe Park.
—Eu sou o mesmo que você viu da última vez, não se lembra? – respondeu com um sorriso zombeteiro no rosto.
—Não lembro, não. Provavelmente não me chamou atenção da última vez.

Vendo sua expressão murchar, dei uma risada sincera.
—Vamos, seu bobão. Precisamos voltar – disse me levantando.
—Voltar para onde, exatamente? Príncipe Park – estava confuso.
—Achei que não lembrava de mim – debochou —Acho que sou realmente inesquecível.
—Você é cheio do achismo né? – respondi.

Antes que ele pudesse responder, ouvi Sunoo me chamando.
—Jungwon, acorda! Precisamos ir!

Olhei para o menino ao meu lado e senti um pesar no coração.
—Nos veremos novamente, Yang Jungwon. Não se preocupe – disse enquanto se afastava —Você precisa voltar agora.

Acordei com os olhos cheios de água. Sunoo que havia me acordado estava preocupado.
—Wonie, tá tudo bem? Teve um pesadelo? – perguntava enquanto me dava água.
—Foi só um sonho... bem estranho por sinal. É normal sentir falta de algo que você nunca teve? – perguntei sentindo um vazio dentro de mim.
—Amigo – chamou minha atenção —Isso é fome. Vamos comer.

Olhei incrédulo para o rapaz ao meu lado. Como pode tratar meu vazio como fome?

[🍃]

Realmente, era fome. Desculpe, Sunoo.

Enquanto comíamos, percebi que estava sendo observado.
—Meninos – chamei Jake e Huening, os únicos que estavam perto o suficiente para me ouvir —Tem alguém me observando, minha nuca tá ardendo. Acho que queimou.
Logo eles começaram a se revezar olhando ao redor para saber quem era.
—Eu não vi ninguém, Wonie – disse Kai.
—Eu também não – complementou o Shin.

Deixei a sensação de lado e tentei me descontrair com a turma, falhando miseravelmente.
Sentindo da onde vinha o olhar, virei lentamente para trás.

—É ele...! – sussurrei surpreso, atraindo a atenção de todos na mesa para nossa troca de olhares.

Senti meu corpo ferver. Aquele por quem eu rodei o bairro, a cidade e quase o estado todo estava sentado à apenas duas mesas de mim. Me encarando com aqueles olhos afiados, como se conhecesse a minha alma.

Fui tirado do meu transe quando escutei o sinal que indicava o fim do intervalo.
—O que foi isso? – perguntou Sunghoon
—Eu não sei, Hoonie – respondi ainda fraco.

Não consegui me concentrar nas aulas restantes, apenas desisti de tentar. (não façam isso).

[🍃]

Caminhando de volta pra casa, ainda com a sensação no meu peito, suspiro pesado.

—Wonie, você tá bem? – Ni-Ki me pergunta.
—Sim, só estou cansado. Não tenho dormido nada desde que voltamos de viagem – expliquei.
—E por quê a gente só tá sabendo disso agora? – questionou Sunghoon.
—Não queria que vocês se preocupassem. Por favor, não façam mais perguntas. Minha cabeça está começando a doer – pedi sentindo o mau humor bater com força.
—Certo, quer que a gente te ajude em casa? – Sunoo pergunta.
—Agradeço, mas não precisa – digo sorrindo — Vou ver se compro algum calmante natural para dormir.

Assim que chego em casa, tomo um banho pra relaxar os músculos e aliviar a dor de cabeça. Procuro fazer coisas para ocupar a mente com algo realmente necessário.
Acabei faxinando a casa toda; arrumei quarto, sala, guarda roupa, lavei banheiro, cozinha, roupa. Fiz todas as tarefas no intuito de não pensar em nada que me fizesse mal.
Quando já não tinha mais nada para fazer em casa, fui atrás do meu remédio natural para minhas noites mal dormidas. Tinha em mente comprar camomila, maracujá e alface pois dizem que acalma os ânimos.

No caminho do supermercado, havia uma ponte. Uma simples ponte que passava por cima de um rio. A vista era bonita então decidi apreciar.

Jay p.o.v🦅

Estava caminhando para casa, como sempre faço depois de correr, quando avisto uma figura familiar à minha frente.
Yang Jungwon, o menino que rondava minha mente nos últimos dias, estava parado em frente uma ponte.
Meu corpo tremeu quando o vi se levantando sobre as barras de ferro da ponte. Eu não estava acreditando que presenciaria um suicídio, ainda mais de alguém que eu sempre esperei encontrar.
Corri o mais rápido que pude em direção ao menino e o agarrei pela cintura o puxando de volta e caindo no chão com ele.
—O QUE VOCÊ ACHA QUE ESTÁ FAZENDO? – não conseguia parar de gritar com o rapaz que estava trêmulo e aos prantos.
—EU NÃO SEI! – respondeu à altura.

O abracei, permitindo que chorasse em meu ombro.

—Eu não sei nada sobre você, não sei nada sobre sua vida, não sei o quão ruim ela pareça ser pra você, mas nunca mais pense em acabar com ela! – disse olhando nos olhos dele.
—Park...
—Yang...
E nos abraçamos mais uma vez.

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É galerinha do mal, quem é vivo sempre aparece kkkkkk
fiquem com esse capítulo meia boca por hoje.
bjos, se cuidem!