Raiz.

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Assim que se afastou o suficiente da clareira, Bakugou assumiu sua forma ancestral. Depois de tantos anos, a transformação já não lhe causava a mesma dor intensa. O prazer de ter seus poderes de volta era indescritível, sentia a energia mágica correndo em suas veias, revitalizando seu corpo.

No entanto, não demorou muito para ele perceber os efeitos da remoção da maldição. Cada movimento exigia um esforço adicional, como se uma força invisível o puxasse para trás. Não era apenas o cansaço, mas também a relutância em se afastar.

Mesmo à distância, ele ainda sentia a presença da bruxa, como se se afastar dela fosse se distanciar de uma fogueira em uma noite de inverno, deixando seu mundo mais frio e sombrio. A conexão com sua magia era intensa, enraizada em seu peito, mais difícil de superar do que qualquer cansaço físico.

Os pensamentos de Bakugou eram dominados pelo rosto dela; via seus olhos castanhos sempre que fechava os próprios, e seus cabelos ruivos eram como raios de sol filtrando entre as folhas das árvores. Os lugares onde as mãos dela o tocaram ainda formigavam.

Quando o céu já estava escuro e as estrelas marcavam o céu, ele chegou a uma aldeia. Era um pequeno aglomerado de construções rústicas, misturando madeira e pedra, à beira da floresta e próxima a um rio. Uma igreja se destacava diante de uma praça.

Bakugou voltou à sua forma humana e entrou na cidade, estranhando imediatamente o silêncio nas ruas e a falta de pessoas circulando.

Retornando à forma humana, Bakugou adentrou a aldeia, surpreso pelo silêncio nas ruas desertas. Não era um local grande, então encontrou facilmente a taverna local. Uma placa de madeira balançava sobre a porta. O interior, iluminado por uma lareira enorme, exibia mesas vazias de madeira. O único ocupante era um homem atrás do longo balcão. Bakugou parou na entrada, confuso com a falta de movimento no lugar.

— Eles já partiram — O proprietário da taverna disse — Acho que você não vai alcançá-los, já faz umas duas horas.

— O que?

— Você veio pela caçada, não estou certo? — O homem perguntou, olhando para os trajes do lobo com confusão — Eles já foram faz tempo, queriam pegar ela no meio da noite.

O coração de Bakugou se acelerou imediatamente, um péssimo pressentimento se instalando em seu peito.

— O que eles estão caçando?

— A bruxa vermelha, é claro.


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Sua mente o torturava enquanto ele torturava seu corpo. Por mais rápido que corresse, por mais que exigisse de cada músculo o máximo possível, não parecia ser o suficiente.

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⏰ Última atualização: Jun 04 ⏰

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The Witch and the Wolf [BakugouxOC]Onde histórias criam vida. Descubra agora