Chegamos no térreo e apenas o segui, ele estava andando mais rápido que o normal, ele era alto, suas pernas eram compridas, seus passos eram sei lá quantas vezes maiores que os meus.
Eu estava praticamente correndo para alcançá-lo, o vestido longo e o salto não estavam me ajudando. Acabo tropeçando e indo com todo o peso do meu corpo ao chão, caindo sobre os joelhos.
— Que droga! — falo baixinho, esperava que ele nem tivesse percebido nada, mas vi sua sombra vindo até mim.
— Mas é uma imprestável mesmo. — ele fala com deboche.
— Se não vai me ajudar, mantenha a boca fechada, por favor. — não sei de onde a coragem surgiu, mas não estava afim de ouví-lo reclamar agora, eu acabara de ter a minha vida destruída, seus gritos eram o de menos.
— Está muito atrevida pra quem aparenta estar triste. Vamos! Não me atrase. — ele fala seco e volta a fazer o seu caminho. Babaca.
Tento me levantar, meio cambaleante consigo, minhas mãos estão sujas e os meus joelhos doendo, o vestido protegeu, não ralei.
— Mas que inferno, não tenho tempo pra esperar a principessa se ajeitar. — ele volta, nem percebi como isso aconteceu, segura o meu braço com força e sai me arrastando até o carro. Ao chegarmos, me joga com brutalidade no banco do carona.
— Qual o seu problema em? Não sabe ser delicado? Cavalo! — ele estava fechando a porta, mas para, ops.
Ele abre novamente com brutalidade e se abaixa ficando da minha altura, a Porsche estava sem o teto, então ele tinha mais espaço para ficar praticamente em cima de mim.
Sua mão veio rapidamente de encontro ao meu pescoço, ele apertou, dessa vez forte, fazendo-me olhar para as suas íris azuis. Minha respiração começou a ficar ofegante, não estava conseguindo mais respirar direito.
— Veja bem como fala comigo, Natalie! — ele fala, sua voz estava mais grave que o normal, estremeci. — A minha paciência é bem curta e arrisco dizer que para você ela é inexistente, então, se quer um conselho, não me provoque. Eu não sei ser bom.
Minhas mãos vão ao encontro da sua que ainda apertava o meu pescoço, e só então ele solta e fecha a porta com brutalidade indo para o banco do motorista.
Recupero o meu fôlego, respirando ofegante, era realmente o meu fim.
Ele dá partida no carro e poucos minutos depois estamos atravessando o aeroporto, pequeno, e indo para uma área que supus ser de vôos particulares. Ele estaciona o carro perto de um hangar, olho ao redor vendo que há um jatinho preto na pista, pronto para a decolagem.
Ele sai do carro e eu reluto, logo ele vem e abre a minha porta com brutalidade e me arranca dali, me fazendo tropeçar.
— Mas que porra garota. Só sabe cair. — falou bravo e eu me encolhi. E então começou a me puxar.
Ele não pode me levar, eu tenho... tenho que resistir.
Finco os meus pés no chão e ele para de andar após me puxar e eu não ir.
— Natalie, se você não vier, será pior pra você. — ele fala.
— Não vou a lugar nenhum com você, Montanari. — falo decidida.
— Você não tem querer, nunca teve, principessa. — ele se aproxima de mim, quando vou me afastar, suas mãos passam por minhas pernas me levantando e me jogando por cima do seu ombro.
— Me solta, seu maníaco, louco. — comecei a estapear as suas costas, mas não fizeram efeito algum.
— Isso faz cócegas, pare. — ele pede autoritário e começa a me levar para o jato.
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Prometida à Máfia
RomanceNatalie Martinelli, uma jovem italiana de 17 anos que cresceu em uma família muito conturbada, vê a sua vida mudar de cabeça para baixo, ao completar 18 anos se vê prometida em casamento a última pessoa que ela desejaria conhecer, a sua doçura seria...