Bem, me quer

Capítulo 17 - Acerto de contas

O êxtase passou e veio a imagem de Tae em minha cabeça. EU SOU UM FILHO DA PUTA. UM IMBECIL. Eu me deixei levar pelo momento e agora vou ter que arcar com as consequências. Parei de beijar Taemin e fiz com ele colocasse a senha na porta. Antes dele entrar em casa, ele me deu um selinho rápido e entrou.

Eu estava com raiva de mim mesmo. Dei um soco na parede na tentativa de aliviar minha raiva, obviamente não adiantou. O que vou falar para o Tae? Ele vai me odiar depois disso... até eu estou me odiando.

Fui para o carro coberto de pensamentos culposos. Eu preciso falar com o Tae sobre isso, preciso assumir as consequências do meu ato, mesmo que a consequência seja não ter ele mais.

Assim que cheguei em casa fui para o quarto e deitei. Rolei na cama por vários minutos e finalmente peguei no sono.

Acordei com o despertador do meu celular tocando. Eu não queria existir naquele momento. Eu teria que olhar para o Tae durante o dia todo, sem poder falar. "Eu fui um filho da puta, mas tô muito arrependido". Eu não poderia simplesmente jogar tudo em cima dele.

No café da manhã, ele se sentou ao meu lado e ficou em silêncio. Droga! Estávamos apenas no começo do dia e eu já queria me ajoelhar na frente dele e suplicar pelo seu perdão. Meu celular vibrou.

"Me desculpa por ontem." Era de Taemin. Peguei assim que vi que a mensagem, mas Tae olhou para a notificação do meu celular assim que ele acendeu.

— O que aconteceu ontem? - Tae ainda comendo me perguntou.

Não respondi. Na verdade eu não sabia como ou o que responder.

— Não devo saber? - fez outra pergunta, agora me encarando com suas sobrancelhas arqueadas. - Certo. - pigarreou e saiu da mesa.

Não me atrevi a ir atrás porque sabia que se eu falasse naquele momento, todo o resto do dia estariam comprometidos.

O dia durou mais de 40 horas, sem sombras de dúvida. Parecia uma série de terror com música de suspense a todo momento que Tae chegava próximo de mim.

— Podemos sair hoje? - me aproximei dele, enquanto ele estava guardando as suas coisas.

— Não vai precisar trabalhar até mais tarde hoje? - senti um ar de deboche e um sorriso de canto.

— Hoje não... preciso conversar sobre uma coisa com você.

Ele me lançou um olhar curioso, mas não vernalizou a sua curiosidade.

— Pode ser. Para onde? - ele perguntou.

— Podemos ir ao rio Han mais tarde. Vou passar em casa para tomar um banho.

Tae pegou suas coisas e me seguiu até o carro. Jimin e eu estávamos no quarto e pensei em contar para ele o que tinha acontecido, mas eu sabia que iria escutar um sermão dele.

— Ontem... - falei. Jimin não deu muita importância e continuou mexendo em seu celular. — rolou uma coisa quando Jk e eu fomos te buscar. — agora eu aprendi sua atenção.

— O que aconteceu? - perguntou ele deixando o celular de lado e me olhando.

— Eu e Taemin... - eu estava envergonhado.

— Rolou algo entre vocês? - Jimin arregalou seus olhos e sentou na ponta da cama.

Assenti com a cabeça. Jimin deu um grito abafado por suas mãos e sentou-se na minha cama ainda surpreso.

— Mas você e o V... não estão se pegando?

— Sim... mas ontem... simplesmente aconteceu. Ele me pressionou contra a parede e eu não consegui resistir.