XVII - Quase sóbria, Jimin

278 45 7
                                    

Estou triste e gosto de escrever quanto to triste, aproveitem, de tiver erros só vou corrigir depois hehe.

(...)



Karina não podia evitar, se antes já olhava para Minji com um certo desgosto, agora parecia ainda mais desconfortável.

Pior ainda, tinha que dirigir o carro da garota mais nova pois a mesma acabou bebendo demais.

Além de ser mal caráter ao ponto de trair alguém, ainda é irresponsável. Ela pensou ao parar no sinal vermelho e bufar.

As três dormiam tranquilamente no banco traseiro, seus olhos caíram sobre cada uma para no fim, se fixar na expressão serena de Minjeong. Foi quando a garota se remexeu e o sinal abriu, fazendo Karina desviar o olhar e acelerar.

Sua mente estava longe apesar de se manter focada no caminho que, mesmo bêbada, Yizhuo conseguiu a passar.

Ela sequer sabia para onde aquele lugar a levaria. Casa da chinesa? De Minji? Bem, de Minjeong que não era. Mas ainda assim, sentiu que poderia confiar, uma vez que foi o primeiro endereço que veio a mente da chinesa mesmo fora de si.

Enquanto cantarolava e se perguntava como chegou a aquela situação, levando sua ex melhor amiga, a namorada da mesma e a amiga bêbadas para casa as quase uma da manhã, Karina acabou se despertando levemente de seus pensamentos.

— Unnie... - A voz manhosa que ela conhecia bem e que nunca mudou.

Karina olhou pelo retrovisor interno e percebeu Minjeong coçar um dos olhos.

Fofa. Ela sorriu sem sequer se dar conta.

— Jimin unnie...

Jimin unnie. Há quanto tempo não era chamada assim? Era um perigo para Karina ouvir aquilo quando estava dirigindo. Suas batidas aceleraram e sua respiração falhou.

Agora não.

— Jimin unnie... - Parecia querer dizer algo, mas seu estado e a sonolência não ajudava - Por que fez isso comigo?

Karina engoliu em seco e apertou o volante. Felizmente faltava menos de 600 metros para chegar ao endereço.

— Por que me machucou?

Freiou ao enfim chegar no local e deixou sua cabeça afundar no volante do carro alheio.
Era a gota d'água, ver uma Minjeong tão inocente e fora de si, ainda carregando uma dor do passado qual não tinha culpa.

— Porque eu sou uma idiota - Respondeu quase em sussurro e abafado por conta da sua posição - Uma burra.

(...)

Karina até tentou carregar Yizhuo no colo até entrar na casa que, agora ela sabia que era da chinesa. Mas a mais nova mesmo quase inconsciente, se remexia e foi praticamente arrastada para dentro, acordando segundos depois, resmungando e seguindo até um cômodo que Yu julgou ser seu quarto.

Já Minji...

— Me largue, cretina - Se desvinculou de qualquer ajuda de Karina e foi quase se arrastando para dentro de casa.

— Estúpida.

Minjeong riu, chamando atenção de Karina.

— E-Eu já sabia que não se dariam bem - Continuava rindo, tentando deixar o carro - Mas não pensei que fossem brigar tanto.

Yu correu ao perceber que a garota daria de cara no chão ao tentar se levantar sozinha.

— Ei, calminha aí - Segurou a cintura fina da garota, que se agarrou em seu pescoço como reflexo - Não é culpa minha se resolveu namorar justo uma... Estúpida.

— É? E quem séria melhor, você? - Caminhavam lentamente até a entrada da casa da chinesa.

Minjeong e Minji acordaram segundos após chegarem, já Yizhuo, só acordou quando Karina tentou a retirar do carro. Aparentemente, o cochilo que tiraram no carro durante a viagem foi útil, já que acordaram um pouco melhor com excessão de Ning.
Lógico, a chinesa mais nova poderia até parecer um bebê inofensivo com bochechas fartas, mas bebia com um senhor de setenta anos alcoólatra.

Karina evitou julgar, afinal, decidiu não beber por alguns motivos e um deles era este. Ela bebia demais, mas era resistente ao álcool.

Ao menos isso.

— Eu seria uma namorada melhor.

Minjeong riu.

— Tenho minhas dúvidas - Ao entrar em casa, Minjeong se sentou no sofá grande da casa da chinesa e olhou de um lado para o outro, para em seguida levar uma das mãos a cabeça, sentindo dor.

Pobrezinha, a ressaca de vinho é a pior. Karina pensou.

— Ah... Onde está Minji? - Então era isso que ela procurava.

Karina deu de ombros.

— Bem... Estão entregues. Acho que já posso pedir um táxi e-

— As uma da manhã?

— Eu não posso ficar, Yizhuo nem me conhece direito... É estranho - Coçou a nuca

— Mas eu conheço - Minjeong olhou fixamente para os olhos de Karina, que se sentiu nua diante deles. Ela estava envergonhada - Ou achei que conhecia.

A mais velha franziu o cenho e Minjeong deu um riso sem graça, tombando a cabeça para trás apoiada no sofá.

— Ainda é difícil esquecer tudo, mas me surpreendeu você não ter surtado quando viu Minji me beijar.

Aquilo incomodou Karina, ela só não disse. Era uma evolução?

— Significa que estou no caminho certo? - Se aproximou lentamente até se sentar ao lado de Minjeong e imitar a sua posição, com a cabeça para o alto encarando o teto.

— De que, exatamente?

— De ter seu coração de volta - Saiu tão natural que Karina sequer pensou que sua frase poderia ser mal interpretada - D-Digo... Ahm... - Coçou a garganta.

Minjeong caiu na gargalhada e logo em seguida resmugou por dores na cabeça.

— Você continua sendo uma perdedora, Jimin.

Jimin, mesmo após recobrar um pouco do seu lado sóbrio, Minjeong ainda a chamava assim.

Ponto para você, Yu Karina.

Ou melhor, Yu Jimin.

your hate broke us; winrinaOnde histórias criam vida. Descubra agora