❝Г꯭и꯭д꯭р꯭а | Muitos de vocês podem estar se perguntando quem diabos foi 𝐑𝐞𝐛𝐞𝐜𝐜𝐚 𝐁𝐚𝐫𝐧𝐞𝐬?
A resposta mais óbvia seria: a desconhecida irmã do famoso e infame Soldado Invernal.
Mas se existisse outra forma de responder essa pergunta? Mai...
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What if I can't get in? How will I see you again? What if I can't get in? How will I see you again?
- Club Heaven, Nessa Barrett
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𝙽𝚘𝚟𝚊 𝙸𝚘𝚛𝚚𝚞𝚎, 𝙱𝚛𝚘𝚘𝚔𝚕𝚢𝚗, 𝟷𝟿𝟺𝟶, 𝚊𝚐𝚘𝚜𝚝𝚘, 𝟸𝟶
𝘗𝘰𝘪𝘯𝘵 𝘰𝘧 𝘷𝘪𝘦𝘸 ─ 𝐑𝐞𝐛𝐞𝐜𝐜𝐚𝐁.
- Eles morreram - eu me engasguei com minhas próprias palavras, havia passado tanto tempo repetindo aquelas palavras na minha cabeça que elas não tinham mais o significado que carregavam.
Bucky sentiu o impacto de minhas palavras depois de alguns segundos, ele havia soltado meus braços e me encarava de uma forma que eu não conseguiria explicar, havia medo no seu olhar. Sem nossos pais o que nós éramos? Dois adolescentes assustados? Nunca pensamos que a morte sempre estava tão próxima. Talvez eu esteja divagando, criando cenários ou monólogos para tentar descobrir o que diabos eu estava sentindo.
Ninguém fala como é assustador perder os pais, mas O tipo de assombros que conseguem ser o pior dos seus pesadelos, nem sua mente conseguiria criar um tormento tão angustiante. Não lembro muito do que aconteceu depois que o Bucky chegou, só lembro dele me envolver com seus braços e sussurrar no meu ouvido que tudo ficaria bem, acho que nós dois sabemos que não vai ficar. Eu agradeço aos Deuses por pelo menos ainda ter o Bucky aqui. Mesmo ele estando machucado, o mais velho decidiu ser forte e me confortar.
𝙽𝚘𝚟𝚊 𝙸𝚘𝚛𝚚𝚞𝚎, 𝙱𝚛𝚘𝚘𝚔𝚕𝚢𝚗, 𝟷𝟿𝟺𝟶, 𝚊𝚐𝚘𝚜𝚝𝚘, 𝟸𝟸
O luto nubla a minha mente, desde daquela ligação eu não me sentia real, tudo passava tão devagar. Eu era próxima dos meus pais, amava eles com todo o meu coração e agora não poderia mais ter os beijos de boa noite da minha mãe ou os afagos enquanto assistia à TV com meu pai, nem consigo imaginar a culpa que o Bucky devia estar sentindo, ele e a mamãe não se resolveram antes do acidente acontecer. Eu me encontrava no pequeno salão, não fazia ideia como havia chegado lá, provavelmente o Bucky havia me levado onde iria ocorrer o funeral, iluminado suavemente pela luz filtrada pelas cortinas semi abertas. O ar está pesado, carregado com a tristeza misturada entre nós e os amigos mais próximos dos nossos pais. As paredes estão decoradas com flores brancas e fotografias emolduradas, lembranças dos momentos preciosos que agora permanecem apenas na memória. Uma memória dolorosa. O aroma estéril que toda sala que ocorrem funerais tem, percorre e entra com força nas minhas narinas.
