O Último Ato

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O morro estava em chamas. Tiros ecoavam pelas vielas, e o cheiro de pólvora impregnava o ar. Gabriela estava no meio do caos, seu coração estava dividido entre o dever e o amor. Ela sabia que a guerra era inevitável, mas não estava preparada para o que estava prestes a acontecer.

Jota liderava seus homens com ferocidade. Ele era um estrategista brilhante, mas também estava disposto a sacrificar tudo pelo morro. Gabriela o observava de longe, seu crachá escondido sob a blusa preta. Ela tinha uma escolha a fazer: Prender Jota e acabar com a violência ou ficar do lado dele e enfrentar as consequências.

Quando os rivais se aproximaram, Gabriela correu para o topo do morro. Ela encontrou Jota, seu rosto coberto de suor e sangue.

- Você precisa parar isso - Ela disse, sua voz trêmula. - Não podemos continuar assim.

Ele a encarou. - Eu não posso recuar. Eles querem destruir tudo o que construí.

- Mas a que custo? - Gabriela perguntou. - Quantas vidas serão perdidas?

Jota a puxou para um beijo desesperado. - Eu te amo muito, Ana. Mas eu sou o dono do morro. Eu não posso fugir.

E então a batalha começou. Tiros, gritos, corpos caídos. Gabriela lutava ao lado de Jota, seu coração em pedaços. Ela viu amigos morrerem, e a culpa a consumia. Ela não podia mais ignorar a verdade: o morro estava condenado.

No meio do caos, Jota foi atingido no peito. Gabriela correu até ele, segurando sua mão ensanguentada. - Eu não posso perdê-lo - Ela sussurrou.

Ele sorriu fraco. - Você nunca deveria ter se apaixonado por mim.

Gabriela beijou sua testa. - Eu não me arrependo.

Jota fechou os olhos. - Prometa que vai sobreviver, Ana. E que vai lembrar de mim.

E então ele se foi, deixando Gabriela sozinha no meio da carnificina. Ela olhou para o morro em chamas, seu coração ficou partido.

Entre o Crachá e o Fuzil: O Romance ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora