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[nome]

Parece que ao invés de fazê-lo enxergar que haviam outras oportunidades, outras pessoas incríveis, o deixei irritado como se tivesse acabado de insultar sua honra.

— [nome], entenda, eu não quero me relacionar com ninguém, além de você — Disse sério enquanto me fuzilava com um olhar ardente.

Se controla coração! São só palavras... Palavras que me fizeram sentir meu corpo estremecer, minhas pernas falharem e poderia jurar que senti meu coração errar as batidas.

— Hanayama, isso não é certo, nós mal nos conhecemos e ...

Comecei a tentar argumentar contra aquelas palavras, ainda desnorteada pelo baque que recebi. Visivelmente nervosa, tentei fugir outra vez, mas Hanayama já estava preparado para qualquer uma das minhas tentativas. O agradeci mentalmente por estar me ajudando a lidar com essa situação, se não fosse pela sua insistência, teria fugido diretamente para o meu quarto e sofrido eternamente por não ter conseguido me expressar direito.

— Não vejo problemas nisso [nome] — a mão de Hanayama agarrou gentilmente meu queixo, o direcionando para o rosto dele. O vi esboçar um sorriso provocativo antes de direcionar seus lábios ao lado do meu ouvido e sussurrar — Podemos começar a nos conhecermos melhor.

Pirralho sem vergonha! Como pode agir de maneira tão ousada, estando na minha casa?

Meu corpo reagiu ao estímulo daquela voz rouca e quando Hanayama percebeu isso, pude sentir algo vindo diretamente dele, e era o sentimento de satisfação. Depois que viu o que era capaz de fazer com tão pouco, algo dentro de mim estava me dizendo que esse homem não me deixaria mais em paz enquanto eu não surtasse.

Acabei sendo encurralada contra a parede e o corpo quente dele.

— Ei! O que pensa que está fazendo? — questionei sentindo investidas de seu corpo contra o meu.

— Não sei ao certo, você me faz ter uma vontade irracional de tomar seu corpo — Disse sem exitar, trazendo seu rosto para mais próximo do meu.

Fudeu de vez! Esse negócio cutucando a minha barriga está começando a me fazer temer pelo bem das minhas pernas. Não posso ser hipócrita e dizer que nunca imaginei esse homem nu - até parece que alguém que também tenha se deparado com ele não tenha feito o mesmo - mas, entre imaginar e lidar, eu acredito que a primeira opção seja a menos perigosa.

— Kaoru Hanayama, por favor afaste-se! — Ordenei.

[...]

— espere um pouco, está me dizendo que você recusou o lendário Kaoru Hanayama? — Ling soltou, embasbacada com o fato — [nome], com todo respeito, você não deve estar batendo bem das ideias.

O que mais temia aconteceu, me tornei o centro das atenções no trabalho. Provavelmente alguém que mora no mesmo prédio que eu deva ter espalhado a notícia, já que assim que coloquei meus pés nesse escritório alguns dos funcionários que costumavam ser arrogantes e desrespeitosos, quando notavam minha presença reagiram diferente do habitual, fingindo serem os melhores colegas de trabalho que eu poderia ter. Percebi quase que de imediato a mudança, estava sendo tratada com um certo nível de bajulação por parte do meu supervisor, que quase não trouxe trabalho para a minha mesa, o que era o contrário do que costumava fazer, ele sempre estava enchendo minha mesa de papéis sem explicação. Como os outros de cargo mais elevado, que costumavam me repassar os trabalhos que deveriam ser concluído por eles, todos aqueles velhos pareciam estar tentando me evitar.

Jamais imaginaria que algo assim poderia acontecer, tudo por conta de um até então “rumor”. Era incrível como a influência do nome de uma pessoa como Kaoru Hanayama poderia fazer na vida de uma pessoa comum, por conta de uma simples fofoca sem provas.

A sombra de um YakuzaOnde histórias criam vida. Descubra agora