Ela voltou para casa, depois de três meses fora, ela finalmente voltou. E diferente do que acreditaram , ela não estava mais triste, nem desesperada do que quando saiu. Havia encontrado o que procurava, havia se encontrado também... Não era uma pessoa, não era um objecto, era algo além. E lhe fazia muito bem.
E disse a si mesma, daria de presente a todo o que quisesse descobrir.
Wilma a recebeu no aeroporto e pode notar a chama viva presente naquele olhar, a felicidade no sorriso e a tranquilidade no respirar. Lá estava a Andrómeda de cinco anos atrás.
Ela havia diminuído o cabelo, e agora usava cachos, claro que Wilma ainda preferia a boa e velha franja, mas não negava que o aspecto natural do cabelo era muito mais bonito. Assim como o rosto limpo, e as roupas confortáveis e simples. Parecia uma pessoa comum sem toda a produção, e Wilma lembrou que era o que ela pretendia voltar a ser.
- Seja bem-vinda de volta. - Retirando os óculos escuros do rosto, a mulher lhe estendeu as mãos. Eda sorriu e ao invés de lhe cumprimentar, a puxou para um abraço.
- Nunca pensei em dizer isso, mas senti sua falta. - Andrómeda admitiu sorrindo alegre. Wilma observou que carregava liberdade também, e ficava feliz pela menina.
- Gosto disso, que esteja sendo sincera. Mas agora, o que quer fazer menina? - Perguntou sinalizando para que o motorista viesse pegar as malas que carregava a cantora.
- Eu quero continuar cantando. E fique já de aviso que vou mudar o estilo, e tem outras coisas que quero fazer também. Não vai ser muito rentável, talvez não queria mais ser a minha agente, então vamos ter que organizar meu horário e conversar. - Respondeu.
- Certo, você pode fazer o que quizer desde que não seja nada idiota. Ainda vamos conversar, mas quanto a essa nova fase, talvez eu queria te acompanhar. - Wilma disse começando a caminhar em direção ao carro.
Eu não vou. - Andrómeda garantiu entrando pela porta que lhe foi aberta. - E ainda quero apresentar Alguém a você. - Contou animada. Era o mesmo "Alguém" que havia lhe salvo.
- Hmhm. - Em tom sério, a mulher balbuciou. E então voltou a atenção para o tablet. Desconfiava daquela nova conversa, mas também não se queixava, Andrómeda estava radiante.
- Wilma. - Eda chamou. Sentadas uma de frente para outra no carro, a mais velha ergueu o olhar. - Obrigado por ter me apoiado, foi muito importante para mim. - Agradeceu emotiva.
- Aquilo foi o de menos. - Wilma deu de ombros.
- Não foi, mesmo quando você era chata e me obrigava a ficar em pé, agora eu acho que pelos motivos errados, e quando disse que eu deveria sair da cidade por um tempo, você me ajudou a chegar até aqui. Então, obrigado pela paciência também. Sei que não fui nada legal, principalmente nesses últimos meses. - Surpreendendo a jovem senhora com suas palavras, Andrómeda não deixou de ser sincera.
- Pare de agradecer, apenas fiz o que considerei certo. - Pediu a morena maior. Percebendo que mais nada ela falaria, Andrómeda se recostou sobre o banco e fechou os olhos.
Era bom estar em casa, era muito bom na verdade.
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Faltando só o epílogo agora?
Querem me dizer o que acharam?
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Eda.
Romanzi rosa / ChickLitEla era uma cantora renomada, mundialmente conhecida até. Tinha o que muitos considerariam por uma vida perfeita, mas não era assim que se sentia, não era assim que via. Andrómeda sentia como se um pedaço de si estivesse faltando, como se precisass...