(Blue Lock AU)
Meiko sabe manejar bem a sua vida dupla.
Na escola, ela é a princesa dos professores e o exemplo que todos os alunos tentam seguir.
Em casa, seu vício em videogames a tornou uma das grandes campeãs no mundo dos jogos competitivos. J...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
(Créditos do GIF: @if4kenma)
👾
Quando Reo e Kimiko voltam, a maioria dos garotos já foram atacados por Annyka e Bachira: além de Isagi, um tal de Chigiri (cujo cabelo pode ser faciomente considerado uma das muitas maravilhas do mundo) e Kunigami estão brilhantes e coloridos; a dupla agora parte para cima do riquinho que mal protesta por ingenuidade, tranquilo, apenas demonstrando surpresa diante do tanto de brilho colorido em seus colegas. Seus olhos violeta procuram Nagi, imagino, pois pousam no rapaz abarrotado de maquiagem e todo jogado preguiçosamente no sofá.
Como se estivesse em casa... talvez esteja.
–Reo... eu quero refri, pega para mim? – Nagi choraminga de olhos fechados. Diante da cena, Annyka e Bachira reclamam, mas deixam Reo livre para saciar as vontades do amigo antes de submetê-lo à tortura (salão de beleza amador). Reo balança a cabeça, leve quanto à preguiça de seu amigo e alheio ao seu destino, não tardando a buscar dois copos de refrigerante: um para Nagi e o outro... para Kimiko.
Quase me esqueci. Reparo nas roupas amassadas, as bochechas coradas e os fios de cabelo ligeiramente fora do lugar; tudo muito sutil para quem não os conhece, mas extremamente gritante aos meus olhos. Kimiko pode não ser a típica nerd quieta e introvertida, mas imaginá-la tão... tranquila e disposta com atividades assim me deixa atordoada. Fico a observando; ela conversa com Reo enquanto seus dedos finos brincam dedilhando o copo de plástico, esboçando um sorriso delicado e tolo ao fazer as mesmas brincadeiras bobas de sempre, que faz os dois caírem na gargalhada.
Às vezes, sinto inveja.
Talvez mostrar meu verdadeiro eu não seja tão ruim quanto minha cabeça perturbada faz parecer; Kimiko é divertida, irresponsável, mas não lhe faltam amigos, todos gostam de sua companhia e acham graça de suas travessuras. Não existem julgamentos com relação aos seus hobbies ou à quantos pacotes de miojo ela come na semana por pura preguiça de cozinhar.
Quando mencionam algo assim, é brincando e Kimiko nem liga, só faz graça.
Cada um tem uma reação diferente à críticas, eu acho. Talvez o problema seja eu. Suspiro. Não devo estar nem há meia hora na festa e já começo a sonhar acordada com minha cama, um anime passando em meu computador enquanto jogo Wild Rift no telefone. Não sou muito de interagir com pessoas com as quais não tenho intimidade, ainda mais fora do colégio!
–Dodô. – Chamo. – Acho que eu sou... patética.
A brasileira não responde; comumente o silêncio pode ser o indício de uma confirmação, mas não é bem assim que a banda toca. Dominique – com a boca cheia de doces e um copo de plástico ainda mais cheio deles – evita olhar Reo e Kimiko a todo custo; de postura rígida feito uma pedra, tal qual seu foco assustador no pobre enfeite de planta no canto do gazebo. Feio. Um elemento simples em meio a tanta luxuosidade e que, infelizmente (coitadinho), destaca-se por ser o único deixando a desejar em seu papel de decoração. Chego a pensar que existe uma razão maior para ela estar tão vidrada no vaso além da tentativa de escape da situação desconfortável.
