Second Chance // Freenbecky!!!

Ep 04

POV Becky

Arrumando meu cabelo no banheiro, uma sensação de nervosismo cresce dentro de mim à medida que me preparo para a reunião dos ex-alunos. Não posso negar: estou bastante ansiosa. A ideia de reencontrar meus antigos amigos e, especialmente, uma certa pessoa, traz consigo uma mistura de sentimentos complicados. Aquele lugar está repleto de memórias e histórias, algumas das quais preferia deixar para trás.

- Becky, você vai se atrasar. - Ela grita da cozinha.

Após me arrumar, verifico as horas no meu celular: são 13:12. O horário marcado para chegar ao local é 13:30. Tenho ainda alguns minutos antes de sair, o que me dá um breve momento para respirar fundo e me preparar mentalmente para o evento. Vou até a cozinha onde minha mãe está e me despeço com um abraço. Sinto o calor do seu abraço, que é prontamente retribuído, transmitindo um sentimento de carinho e apoio antes de sair para o meu compromisso.

- Tem cuidado meu amor, qualquer coisa liga para o seu irmão, ok? - Ela falar preocupada mas logo se acalma quando vê meu sorriso se abrir.

- Claro mãe, não se preocupa comigo eu sei me cuidar.

Saio pela porta do apartamento até a entrada do prédio, onde vejo meu Uber chegando. Rapidamente, entro no carro e o motorista dá partida. O veículo desliza suavemente pelas ruas, levando-me em direção ao meu destino.

[...]

Ao chegar ao local, saio do veículo e adentro a escola, dirigindo-me à minha antiga sala, a B03. Enquanto caminho, observo cada canto familiar da escola, notando que nada mudou: as mesas de lanche, os cantinhos onde costumávamos nos deitar ao sol, tudo permanece igual. Ao chegar à porta da sala, vejo a plaquinha com "B03" gravada nela. Ao adentrar, deparo-me com a sala lotada, repleta de rostos conhecidos. Contudo, são Heng e Nam, dois dos meus ex-melhores amigos que, pouco antes de nos formarmos, se revelaram traidores, que mais chamam a minha atenção. Quando entro na sala, seus olhares se fixam em mim, Heng com uma expressão de arrependimento e Nam, com uma expressão assustada. Opto por ignorá-los, olhando ao redor em busca de uma pessoa em particular, mas não encontro nenhum sinal dela.

Sento-me na minha antiga mesa e toco sua superfície, sentindo a textura familiar da sua madeira desgastada pelo tempo. No canto da mesa, vejo um desenho gravado: um coração com as iniciais B e F dentro dele. Passo a mão sobre o desenho, e um sorriso involuntário surge em meu rosto, perdendo-me nas memórias daqueles tempos passados. A lembrança do gesto carinhoso de alguém, agora distante, traz à tona uma mistura de nostalgia e saudade.

A nossa antiga professora, agora diretora da escola, entra na sala e pede que todos se sentem nos seus antigos lugares. Observo enquanto todos obedecem rapidamente. Dirijo meu olhar para o lugar daquela pessoa especial, mas encontro apenas o vazio. Uma mistura de incerteza e esperança borbulha dentro de mim: será que ela não virá?

A nossa antiga professora, agora diretora da escola, entra na sala e pede que todos se sentem nos seus antigos lugares. Observo enquanto todos obedecem prontamente. Rapidamente, dirijo meu olhar para o lugar daquela pessoa especial, mas encontro apenas o vazio. Uma mistura de incerteza e esperança borbulha dentro de mim: será que ela não virá?

- A quanto tempo não é mesmo? Ainda devo chamar vocês de crianças? - Eles começam a rir quando a professora Pohn se apoia na antiga secretária, enchendo a sala com uma atmosfera de leveza e descontração enquanto compartilham o momento de recordação. - Como todos sabem agora sou diretora da escola, e por isso queria...

A fala da professora é interrompida quando alguém abre a porta, capturando a atenção de todos na sala. Um breve instante de silêncio paira no ar, enquanto todos voltam seu olhar para a entrada, curiosos para ver quem chegou.