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Acordo com a maldita luz do dia em minha cara, olho ao redor vendo que não estava na minha cama, olho pra mim e percebo que estava em cima de Calleri.
Arregalo os olhos, lembrando logo em seguida que ele veio ontem, me tranquilizando mais.
Hoje nenhum ser vivo pisaria no CT, o que me fez ficar mais tranquila ainda.
Penso em acordar Calleri, mas ao mesmo tempo me perco vendo cada detalhe de seu rosto.
O seu nariz, que muitas acham feio, mas eu acho que é um charme; suas sardas, que ocupam seu nariz a ao lado dele; sua boca vermelha naturalmente, que estava um pouco aberta fazia ele ficar mais atraente; seus olhos fechados com os pequenos fios delicados por ele era maravilhoso; seu cabelo branco por causa do descolorante era atraente, Calleri era e é perfeito.
- Obrigado por me olhar desse jeito, me sinto amado - Jonathan fala me tirando do transe.
- Besta - falo rindo e dando o tapinha nele.
Ele me abraça e eu sinto um beijo sendo deixado na minha cabeça.
- A gente dormiu aqui mesmo? - pergunta e eu concordo com a cabeça.
Pego meu celular pra ver as horas e fico surpresa ao ver os números em minha frente.
- Caralho, ainda e sete da manhã - falo surpresa.
- Humm, ainda dá pra dormir! - Jonathan fala e eu rio.
Levanto e fico de frente para ele.
- Vem - falo e ele levanta, me seguindo até meu quarto.
- Calma, já quer me levar pra cama? - Brinca e eu dou um tapa nele, deitando na cama, vendo que ele deitou logo em seguida.
Abracei ele, meu rosto foi direto para a curvatura do seu pescoço, fazendo eu sentir seu cheiro maravilhoso.
Adormeci nos seus braços, novamente.
(...)
Acordo com o comando do meu próprio corpo, olho pro lado e vejo um vazio, pego meu celular que estava no criado mudo, vendo a mensagem de Calleri.
(Whatsapp on)
Jonny 🤍
Oi!
Sai um pouquinho depois que você dormiu, precisava resolver algumas coisas
Qualquer coisa me liga, tá?!
(Whatsapp off)
Muito fofo.
Agora eu preciso resolver meus problemas, certo?
Quem acha que eu estou de folga, está totalmente errado!
Levanto da cama já indo para o banheiro, tomo um banho renovador, pra acordar mesmo.
Saio do banho e coloco uma roupa confortável, passo meu hidratante, desodorante e perfume, saindo do meu mini closet.
Arrumo minha cama e pego meu celular, indo para a sala e conectando o mesmo com a caixinha de som.
Coloco minha playlist totalmente aleatória e começo a arrumar a sala.
— E no final, meu sonho e igual, família churrasco no quintal, ver meu time na final, agradecendo longe do funeral, e fé pra isso - cantarolo enquanto jogo as coisas da noite anterior no lixo.
E se acontecesse alguma coisa entre a gente?
Ele realmente gosta de mim?
Eu gosto dele?
Ele vê alguma coisa em mim ou só tá me usando?
A mídia vai fazer da minha vida um inferno.
Meu irmão vai me matar.
Mas ele gosta de mim?
Ele quer alguma coisa comigo?
Ele me ama?
Alguém me ama?
Ela não pode me amar, mas eu amo ela, a Amora! Eu tenho que dar comida pra ela.
Argentino fez eu esquecer minha cachorra.
Vou até a cozinha encontrando Amora lá, do um beijo em sua cabeça e coloco sua ração, depois troco sua água.
Volto a arrumar a casa, quanto mais cedo terminar, melhor!
(...)
Sento exausta no sofá vendo a amora vim e deitar sua cabeça em minha perna.
A caixinha de som solta a música do Matuê, me fazendo dar um sorriso, meu cantor favorito.
— Lealdade a cima de tudo, só que as vezes eu vejo umas galinhas e da vontade de pular o muro, eu juro que eu sou inseguro, a cruz que eu carrego no meu peito e parcelei e pago juros, eu não sei se meu som tem futuro, ou se o futuro som que eu lançar vai bombar... - canto enquanto faço carinho na cabeça de Amora.
— Eu tenho que comer né? Se o Luciano souber que eu nem vi comida ele me mata - falo me levantando e indo pra cozinha.
Faço uma torrada pra comer, já e de tarde e eu não estou afim de fazer comida.
Enquanto como minha torrada e bebo minha vitamina de banana, eu olho para o céu, que está com o sol estampado, mostrando muito calor.
Aí eu me lembro de como eu fico quando estou perto dele.
Meu coração se esquenta, se mostra com calor, como se ali fosse meu conforto, como se eu encontrasse minha alma naquele corpo, como se ele fosse feito para eu e eu para ele, como se... Não sei.
Por que isso? E possível?
Uma pessoa de tão pouco tempo, mas tanta conexão...
