02.

299 18 16
                                    

Terça de tarde, o tempo passa e eu com ela, não quero que nunca passe, minha brisa e o rosto dela.

Terça de tarde, o tempo passa e eu com ela, não quero que nunca passe, minha brisa e o rosto dela

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sério, esses meninos me irritam de um jeito absurdo!

Ontem cheguei em casa com dor de cabeça, tenho certeza que saia fumaça da minha cabeça.

Hoje eu tenho que suportar eles de novo.

Enquanto dirigia e escutava música, tentava lembrar de quem ia atender hoje.

Antes do treino, iria fazer fisioterapia com o Moreira, joga demais.

E antes do treino também, iria fazer fisioterapia com o Calleri.

Iria assistir o treino para fazer algumas anotações, e sairia no mesmo horário que os meninos.

Depois de estacionar meu carro no CT e descer, vou na minha sala deixar minha mochila e saio de lá indo em direção ao refeitório.

De longe já dava pra escutar os gritos dos meninos, as vezes não sei oque e isso, um CT, um hospício, uma escola ou até mesmo um psicólogo.

- BOM DIA ISA LINDA, PERFEITA E MARAVILHOSA! - falou o Diego quando me viu passar pela porta, formando um coral de "bom dia Isa" entre todos do grupo.

- Bom dia fãs - falei dando uma risada e me sentando do lado do Diego, que me abraçou de lado.

Tomamos o café em muitas risadas, xingamentos e muito, mais muito amor, como sempre.

Vou pra minha sala organizar algumas coisas, logo ouço uma batida na porta.

Falo um "pode entrar" e a porta se abre, revelando o João.

- Oi Isa, bom dia! - ele fala após fechar a porta e sentar na maca.

- Bom dia Moreira - falo dando um sorriso e terminando de colocar minhas luvas - Vamos começar? - pergunto e ele assente com a cabeça.

Comecei a fazer a fisio dele enquanto conversávamos, sobre oque ele sentia e até sobre nossas vidas.

(...)

O Moreira já tinha saído, estava higienizando tudo para o próximo vir, depois dele iria ver o treino, depois do treino e do almoço, iria fazer uma fisio no Nestor, que foi marcada para hoje de última hora.

Enquanto esperava o próximo "paciente", que seria o Calleri, pensava na minha vida que mudou da água pro vinho. Como uma pessoa que estava desesperada procurando um emprego vai do nada trabalhar no seu time do coração e ainda trabalha ao lado do pai?

Sou cortada dos meus pensamentos com uma batida na porta, falo um "pode entrar" e o Calleri entra com o Luciano atrás dele.

- pensava que iria atender só 1 pessoa. - falo me levantando e o Luciano fecha a porta.

- Só vim por precaução, vai que em vez da fisio vocês começam a transar aí - ele fala se jogando no sofá, jogo alguma coisa não indentificada nele, tenho certeza que estava igual um pimentão.

Eu e o Jonathan temos uma amizade muito boa de se ter, ele e atencioso e tudo mais, só os meninos que implicam com isso.

Dou um abraço de lado no Jonathan e ele se senta na maca, e lá vamos nos pra mais uma fisioterapia, que irei ter que aguentar o Luciano me enchendo o saco.

- Não era pra você tá treinando? - falo depois que o Luciano conta uma piada sem graça que só ele ri.

- Só vão começar o treino quando você estiver lá, então tá todo mundo andando pelo CT, inclusive, os meninos estão vindo pra cá.

Murmurei um "ah não" e continuei fazendo massagem naquela linda perna do calleri.

Sem batidas e nada na porta, o Diego, Nestor e Rafael entram na sala.

- olhem que lindo e o amor, a mulher cuidando do homem - o Diego fala fingindo choro enquanto passava o celular dele do calleri até em mim, do o dedo do meio pra ele e volto a massagem no cara que estava em minha frente.

- Ihhh, ala, ficou bravinha - fala o Rafael se jogando do lado do Luciano.

- Ela e assim, a gente tenta ser carinhoso mas ela e um porre - Nestor fala e começa a ver as coisas que tem na minha mesa.

- Tem como você sair daí, médico? - apelidamos o Nestor assim, já que deste o começo do ano ele não joga e só faz tratamento.

Ele realmente não liga para oque eu falei e começa a mecher mais ainda, fazendo o fofoqueiro do Diego ir lá também.

- oque e isso? - ele fala pequando minha bolinha que vibra, sempre passo ela sobre a minha barriga quando estou com cólica.

- MENTIRA, ISABELLA VOCÊ USA VIBRA-

- Oh Diego, isso e pra aliviar a cólica, seus burros do caralho. - falo revirando os olhos e vejo todo mundo dentro da sala respirar aliviado - oque foi? - falo dando 2 tapinhas na perna do Jonathan e tirando minhas luvas, jogando elas no lixo.

- menos mal - falou o Diego.

(...)

Estava sentada no banco de reservas vendo o treino e anotando tudo em minha prancheta.

Mesmo sendo um centro de treinamento, parecia um "estádio", já que tinha os bancos de reservas e umas arquibancadas pequenas, para família ver o treino, fãs, etc.

Os meninos mais treinavam do que faziam o treino, era engraçado mais irritante quando ele me adicionavam no meio.

Eles foram liberados para o almoço e eu fui junto, me sentei com meu irmão, Nestor e Calleri.

Foi um almoço confortável, de vez em quando eu olhava pro Calleri e ele pra mim, fazendo nossos olhares se conectaram e eu sentir uma energia boa no meu corpo ao olhar aqueles olhos castanhos.

Voltei pra minha sala depois de uns 30 minutos e o Nestor veio junto.

Fizemos a fisio e tava pra se escutar lá de fora as vozes dos meninos, que já deviam estar liberados.

Liberei o Nestor e o Luciano apareceu perguntando se eu queria carona, queria super, mas não podia deixar meu carro aqui.

Dispensei a carona e falei pra ele me esperar pra sairmos juntos, somos irmãos, mesmo eu não suportando ele.

Saímos conversando com alguns meninos até chegarmos no estacionamento, cheguei no meu carro junto com o Luciano e ele me deu um beijo na testa, se despedindo e eu entrei no carro, indo pra casa.

________________

OPA

1001 palavras, milagre

𝐃𝐎𝐈𝐒 𝐒Ã𝐎 𝐏𝐀𝐔𝐋𝐈𝐍𝐎𝐒, Jonathan Calleri Onde histórias criam vida. Descubra agora