Protagonista:
Daryan é um jovem na faixa dos 20 anos que vive em uma sociedade marcada pela intolerância. Ele é um híbrido, resultado da junção de duas raças que historicamente se desprezam.
Contexto:
Na sua realidade, os híbridos são frequentemente...
No dia seguinte... Me sento na cama e me espreguiço... Então olho para a janela. O dia parecia nublado. Olho em volta procurando Axel, mas não encontro... E vejo as roupas que emprestei para ele dobradas na ponta da cama.
Vou até a cozinha e em cima do balcão vejo um prato com algumas panquecas, ainda quentes, e ao seu lado tinha um bilhete... "Obrigado".
— Ele não deve ter saído a muito tempo... As panquecas ainda estão quentes.
Pego o prato de panquecas e me sento no sofá para comer, ainda assimilando tudo oque tinha acontecido ontem. Então chego a conclusão de que o melhor a fazer era não pensar mais naquilo por hoje.
Abro meu email, para conferir se teria alguma resposta das vagas que eu enviei currículo ontem. E incrivelmente tinha uma.
"Olá Daryan, agradecemos o envio do seu currículo, e gostaríamos de marcar uma entrevista para hoje as 15h, você teria disponibilidade?
Responda esse email antes das 11:30, atenciosamente RH, H&S".
— Que estranho... Não me lembro de ter mandado currículo para essa empresa... Essa não é a Hybrid in society?...
Penso se deveria responder, porque parecia bom demais uma empresa tão grande ter aceitado meu currículo que era tão vago, até suspeito... Mas decido responder o E-mail confirmando que estaria lá para a entrevista.
Mais tarde no mesmo dia, eu estaria me arrumando para a entrevista, ainda relutante, se eu deveria mesmo ir. "E se for um golpe?... E se for só uma piada de mal gosto?". Bom, eu não tinha tempo para reflexões, pego minha bolsa com uma com algumas cópias do meu currículo e vou para o endereço que tinham mandado no e-mail.
Ao chegar, vejo o prédio enorme da H&S, e sinto um arrepio na espinha... Era um lugar enorme... Porém, respiro fundo, e vou me indentificar na portaria, logo entrando, e olhando ao meu redor... O lugar era bem amplo, cheio de pessoas, tanto híbridos, quanto humanos e ferais.
Assim que entro uma moça felina feral, com aproximadamente seus 2 metros, se aproxima de mim, com um lindo buchinho de grávida:
— Olá! Você deve ter vindo para a entrevista, certo?
Olho pra ela e sorrio constrangido:
— Err.. Isso, isso mesmo
— Certo! Me siga por favor.
Ela então me guia para um elevador, e assim que as portas fecham, ela aperta um botão para o último andar...
Enquanto o elevador subia, eu aproveitava o espelho dele para dar uma arrumada na minha blusa e meu cabelo, mas quanto mais mexia parecia que pior ficava. Logo desisto e volto a esperar do lado da mulher, e vejo que ela estava olhando pra mim com um sorrisinho.
— D-desculpe, não estava esperando a resposta da vaga... E acabei não me arrumando tão bem.
Ela olha pra mim com um sorriso gentil, e fala com a voz mais doce que eu já tinha ouvido de alguém tão alto:
— Não precisa se arrumar tanto, o chefinho não morde. Sei que você tem muito potêncial, afinal ele mesmo que escolhe seus secretários.
Vejo então ela cerrar os olhos que brilham, ainda com aquele sorriso doce:
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