Distintos Cavalheiros

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P.O.V. Sophie.

Na manhã depois do baile eu acordei com uma ressaca monstruosa. Como estava nervosa eu bebi muito e nem me lembro direito do que aconteceu na noite passada, Jesus será que paguei mico? Com muita dificuldade me levantei sentindo a minha cabeça latejar e o pior é que ainda não inventaram a aspirina. Ainda meio dormindo eu fui em direção ao banheiro e topei com uma parede, então me lembrei que também ainda não inventaram o banheiro. Vi a jarra e a bacia de porcelana então peguei a jarra despejei a água na bacia e lavei meu rosto secando-o com um pano que estava lá.

Abri o armário de madeira e peguei uma das minhas roupas. Optei por uma blusa regata preta, calça jeans skinny preta, um coturno marrom e um casaco com estampa de borboletas coloridas. Não planejo sair para lugar nenhum mesmo, penteei meu cabelo com a escova de cerdas macias enquanto me olhava no espelho de mão com cabo de marfim. Quando enfim me dei por satisfeita eu sai do quarto e fui até a cozinha tomar café.

Logo eu levei uma bronca por estar usando um look que não vai estar na moda até os anos 2000, mas retruquei dizendo que jamais usaria esta roupa para sair na rua e que ficaria em casa

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Logo eu levei uma bronca por estar usando um look que não vai estar na moda até os anos 2000, mas retruquei dizendo que jamais usaria esta roupa para sair na rua e que ficaria em casa. Tristan e eu batemos boca por uns vinte minutos até eu afirmar veementemente que não trocaria de roupa á menos que fosse sair e ele acabou aceitando. Acho que percebeu que não adianta querer me convencer das coisas ou talvez ele só estava com dor de cabeça demais para discutir. Nós tomamos café da manhã em silêncio e o café consistia em mingau de aveia, ovos pochê e costela. Sim, costelas! Que eu não comi. Se eu comer costela no café da manhã ou em qualquer outra refeição acho que eu morro.

-Então Isabel, eu vi você e o... cavalheiro no baile ontem. Aquele lá tem uma pinta de Bad Boy... rá um bad boy vitoriano é tão esquisito que chega a ser um paradoxo.- Falei comendo uma colherada do meu mingau.

Ela deu risada. 

-Mas,  diz ai... quem era o bonitão? Onde é que mora? Você gostou dele? Deu borboletas na barriga?- Perguntei. E ela ficou rosa.

-Era o Lorde Thomas De Villiers. Ele vive numa propriedade vizinha.- Isabel contou.

-De Villiers? Isso é que é sobrenome chique. É francês eu acho. E você gostou dele?- Perguntei novamente.

-Ele é um distinto cavalheiro.- Ela disse.

-Traduzindo não. Você não soa empolgada, se tivesse gostado dele estaria em polvorosa agora. Dizendo como ele é bonito, ou sei lá o que. Como ele é gato, gostoso, maravilhoso, falaria dele vinte e quatro horas por dia. Tem outro cara na jogada não tem? É o sócio da firma do meu pai?- Questionei.

Ela não respondeu, mas respondeu. Ficou cabisbaixa já que o Senhor Grayson ainda nem nasceu. 

-Como me sinto em relação ao senhor Grayson é diferente de como me senti quanto ao senhor De Villiers. Sim ele é... belo, interessante e eu gostei muito dele, entretanto...

Separados pelo tempo-RepostandoOnde histórias criam vida. Descubra agora