Capítulo 01

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M𝘢𝘯𝘩𝘢𝘵𝘵𝘢𝘯, 𝘕𝘰𝘷𝘢 𝘠𝘰𝘳𝘬, 2014, 𝘮𝘢𝘯𝘴ã𝘰 𝘥𝘢 𝘧𝘢𝘮í𝘭𝘪𝘢 𝘗𝘪𝘦𝘳𝘤𝘦

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M𝘢𝘯𝘩𝘢𝘵𝘵𝘢𝘯, 𝘕𝘰𝘷𝘢 𝘠𝘰𝘳𝘬, 2014, 𝘮𝘢𝘯𝘴ã𝘰 𝘥𝘢 𝘧𝘢𝘮í𝘭𝘪𝘢 𝘗𝘪𝘦𝘳𝘤𝘦

A luz do sol invadia o cômodo com sua claridade ofuscante dando um contraste reflexivo com as paredes pintados em um branco gelo que apesar de simples eram bem polidas demonstrando o trabalho minucioso do profissional que a fizera. A luz do sol era apenas mais um detalhe na decoração naturalmente aconchegante.

Rachel tinha orgulho e poderia até se gabar por ter sido a responsável pela decoração daquela sala, que, em toda a mansão Pierce, era o único lugar onde ela realmente se sentia bem, sem se sentir deslocada como nos demais cômodos, que foram decorados por sua mãe. Não que ela mantinha uma opinião negativa sobre a decoração de sua mãe, mas Helena tinha um conceito um pouco diferente da de Rachel.

Helena gostava de decorações extravagantes que chamassem a atenção e gritassem para os céus e para o mundo a condição financeira da família Pierce, o que não era segredo para a maior parte da cidade, afinal, a mansão, localizada em um dos bairros mais famosos da cidade de Nova York, cercada por um condomínio privado, não era em vão.

A mansão era grande por fora e muito maior por dentro, tudo foi arquitetado por seu pai, Pierce, que não era nada modesto em relação a exibir sua riqueza, porém a decoração foi feita por Helena, visto que Pierce não tinha a menor paciência para sentar em uma mesa e planejar detalhe por detalhe.

Poucas coisas em meio a toda a decoração da mansão tinham o dedo de Rachel. Apenas a sala de pintura foi criada e decorada por ela. Dentro da sala, encontravam-se os quadros que Rachel pintava e onde ela passava a maior parte do seu tempo livre. Ela era a única com permissão para entrar na sala, o que não era difícil de manter, já que Pierce e Helena não se importavam com a paixão de Rachel pela pintura e nunca pararam para admirar os quadros pintados por ela.

Na visão de Pierce, gastar tempo com pintura era uma perda de tempo. Helena dizia ser ridículo e ambos ignoravam a existência daquela sala. O segundo e último cômodo que teve influência de Rachel foi o jardim extenso, localizado após a porta da cozinha. Rachel quem plantou as flores e uma vez por dia visitava o jardim para ter paz ou cuidar das flores e garantir que estivessem bem.

Rachel já se encontrava acordada a algumas horas, provavelmente fora a primeira a despertar; seus olhos se abriram antes do nascer do sol e fitaram o teto de forma desesperançosa. Ela tinha pesadelos todas as noites, eram confusos e ela raramente conseguia ver algo neles, mas eram assustadores. Na maioria das vezes, Rachel acordava gritando no meio da noite, suando frio e com o coração acelerado.

A única pessoa que sabia dos pesadelos era Yuna, que muitas vezes acordou com os gritos de medo da mulher e foi socorrê-la. Yuna sempre preparava chás para Rachel e ficava com ela após cada pesadelo, mas nem seus chás mágicos e sua companhia afastavam os pesadelos de Rachel. Naquela noite não foi diferente: Rachel acordou após um pesadelo, suando frio, com as mãos trêmulas e o coração acelerado.

𝐀 𝐅𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐃𝐚 𝐇𝐲𝐝𝐫𝐚 | 𝐁𝐮𝐜𝐤𝐲 𝐁𝐚𝐫𝐧𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora