Capítulo 6

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Acordo com alguém tocando no meu ombro, mais não vejo quem é porque ainda está escuro - deve ser início da madrugada - e as luzes estão apagadas. Acendo a luz do abajur e vejo uma garota pequenina com os olhos vermelhos e com a feição de alguém que passou dias sem dormir.
-Mamãe?- ela diz.
-Sim meu amor?-
-Não consigo dormir.-
-Quer que eu vá pra sua cama com você?-
-Uhum.-
Me levanto e apago a luz do abajur. Pego na sua mão e vamos para seu quarto. Primrose se deita, e deito-me ao seu lado, abraçando-a para que consiga dormir.
-Mamãe?-
-Sim Primrose?-
-Eu te amo.-
-Eu também meu amor.-
Dou um beijo na sua bochecha e ela fecha seus olhos. Acabo dormindo pensando sobre como tive tanta sorte em ter dois filhos que são tão lindos e com um amor incrível, e um marido que também não fica atrás.

Acordo novamente, mais vejo que o dia já está raiando, e já se pode ver o seu clareando pela janela do quarto da Prim.
Ainda tenho várias recordações da minha irmã quando falo seu apelido - que é também o de minha filha -. Dei a ela o nome da su a tia como homenagem e recordação a ela, por tudo que ela me representou - e ainda representa-. Levanto-me e vou para a cozinha preparar o café da manhã.
Antes de descer as escadas, paro na porta do quarto do Pether, e fico olhando-o enquanto dorme tranquilamente. Me aproximo e beijo sua testa. Saio do quarto e vou para a cozinha. Afinal, o dia está começando, e com ele, a vida novamente.

Faço uma garrafa de chocolate-quente, também um pouco de panquecas. Espero um pouco para ver se alguém desce, mais ninguém aparece. "Devem estar dormindo ainda", digo pra mim mesma. "Devem estar cansados por terem ido dormir tão tarde", penso.
Decido tomar uma xícara de chocolate-quente para "esquentar" um pouco, já que está frio - já que faz frio sempre -. Pego a xícara, e sento em uma cadeira a pequena mesa da cozinha. Enquanto tomo meu chocolate, acabo prestando atenção em alguma coisa que está se mechendo fora da janela da cozinha. Me aproximo da janela pra ver o que é, e me surpreendo com o que vejo.
-Buttercup?- digo sem ter certeza de que possa ser ele.
O gato cor de ferrugem me responde a o meu chamado com um miado. Abro a janela para que ele entre.
-Oh Buttercup! Pensei que você tinha morrido. Por onde você andou todo esse tempo?- digo surpresa.
Ele solta um miado que parece com um pedido de desculpas, e que me comove.
-Faz quase 1 ano que você sumiu. Pensei que alguém tivesse te levado, ou que algum bicho de matou.-
Pego-o e coloco no meu colo. Passo a mão pelos seus pelos cheios de neve. Limpo-o e coloco na sua antiga cama que o Pether e a Prim fizeram.
-Espere até a Prim e o Pether saberem que você não morreu. Vão ficar tão felizes...- digo.
Pego minha xícara e me sento ao seu lado no chão, tomando meu chocolate - que me esquenta a garganta, e traz um alívio -. Estou feliz pela volta dele, e por não ter perdido a única coisa que a Prim me deixou - que não é muito mais já é o bastante -.

The Future (O Futuro) || Hunger GamesOnde histórias criam vida. Descubra agora