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*Narrador

Lua segue até a cozinha e vê a mesa de café montada, não demora para ela ouvir passos e Samuel e Sérgio entrarem na cozinha.

- Vossa majestade se importa de compartilhar a presença conosco? - Samuel pergunta e ela revira os olhos.

- Seu sobrenome deve ser insuportável, só pode. - ela fala se sentando a beira da mesa.

- Eu concordo com você. - Sérgio fala e Samuel o chuta e se senta a beira da mesa.

- Vocês sabem que eu não vou fazer nada, não sabem? - ela pergunta e o mais velho da de ombros. - Vou ficar o dia inteiro com as pernas pra cima.

- Por mim, quem 'tá pagando seu salário é seu pai. - ele fala pegando um pão francês e passando manteiga.

- Estão odiando tanto quanto eu, não é? - ela pergunta e Sérgio assente e da uma mordida no pão. - Ótimo, que horas vocês fecham?

- Fechamos seis horas. - Samuel fala cortando um pão e passando manteiga. - Já quer ir embora?

- Vou facilitar o meu lado e o de vocês. - ela fala e se levanta, Samuel a observa pegar uma maçã e sair da cozinha.

- Onde ela vai? - ele pergunta confuso ao ver a mesma sair.

- Sei lá, deve ter ido pra sala ou pra locadora. - Sérgio da de ombros e volta a comer.

Após alguns minutos eles estranham o silêncio e trocam olhares, não demora muito para os dois levantarem correndo e seguirem para a sala, não encontrando a garota.

- Eu vou pra locadora. - Samuel avisa e segue para o fundo da casa, ele revira a locadora inteira e nada de encontrar Lua.

- Fodeu, Sam! - Sérgio fala ofegante ao entrar na locadora. - Procurei ela pela casa inteira e não achei.

- Mamãe vai nos matar. - Samuel fala nervoso. - E se ela foi pra casa dela?

- Ela não iria pra lá. - Sérgio fala e passa a mão no rosto, nervoso. - Vou sair pra procurar ela, cuida aí da locadora.

- 'Tá louco? Vou ir atrás dela também.

- Você odeia ela. - Sérgio fala e Samuel dá de ombros. - Está se sentindo culpado por ontem?

- Fiquei com o que a mamãe disse na cabeça, ainda não gosto dela, mas amo a nossa mãe e não quero ver ela sofrer. - Samuel responde e Sérgio suspira.

- 'Tá, ela não deve ter ido longe. - ele fala e pega a chave. - Nos encontramos em meia hora aqui em casa, pode ser?

- Fechou. - Samuel fala pegando suas chaves e sua jaqueta, ele sai de casa e desce a rua.

Quando está virando a esquina vê Dinho se aproximando.

- Eai, nareba. - ele fala animado, mas logo muda a expressão ao ver o amigo preocupado. - Que cara é essa?

- Lembra da Lua? - ele pergunta e Dinho fica pensativo, mas logo faz careta.

- Aquela doida que ficava na sua casa quando criança?  - ele pergunta e Samuel suspira e assente. - O que tem ela?

- Ela voltou e eu estou de babá agora e adivinha? Na primeira hora ela fugiu. - ele resmunga voltando a andar e Dinho da risada.

- Você não sabe cuidar de você, imagina de outra pessoa. - ele fala e Samuel o encara de forma séria, eles continuam andando e Dinho se esforçava para acompanhar os passos apressados do amigo. -  Mas eu te ajudo a achar a fugitiva, tem ideia de onde ela pode estar?

Garota Nacional ●● Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)Onde histórias criam vida. Descubra agora