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Pov:Julie

Aqui não vai nada.

Eu estava na porta da casa dos pais de Luke há quase dez minutos, congelado no lugar. Era hora de fazer um movimento. Eu me levantei para bater na porta

Que foi quando Luke entrou, bem na minha frente.

-O que você está fazendo aqui?_Ele parecia totalmente chocado.

-Luke!_Eu também fiquei surpreso, embora talvez eu não devesse ter ficado. -Ok, eu meio que queria saber mais sobre você, sabe, apenas curioso. Então eu vim aqui na semana passada. No seu aniversário.

Suas bochechas coradas com uma combinação de raiva e constrangimento. -O que aconteceu com todos esses discursos sobre limites?

-Sinto muito. Mas eu tenho me preocupado com você._Ele desvantou o olhar, mas eu empurrei para frente. -Eu entendo. É difícil quando você quer falar com alguém que ama e não pode. Eu me sinto assim todos os dias._Mesmo falando sobre isso agora, senti aquela dor maçante no centro do meu peito, pensando na mamãe.

Luke suspirou. -Eu não saberia o que dizer a ela, mesmo que pudesse.

-Sim, você faz_eu disse a ele. -E você já disse isso.

-Eu não entendo.

-Confia em mim?

Luke bateu, depois estendeu a mão e tocou a campainha, pressionando com firmeza para que o toque ecoasse entre nós no ar parado. Tirei um momento para apreciar o quão fortes suas habilidades de fantasmas haviam crescido desde que ele entrou pela primeira vez na minha vida.

A porta se abriu e eu fiquei cara a cara com o pai de Luke. -Oi_eu disse. -Meu nome é Julie, e acredito que você teve um filho chamado Luke.

Ele aperta os olhos, como se estivesse tentando me colocar de algum lugar e ficando curto. -Isso mesmo. Quem é você mesmo?

-Julie Molina. A banda do seu filho costumava tocar na garagem da minha família._Tecnicamente não é uma mentira. Eu tirei um pedaço de papel da minha mochila. -Eu me deparei com uma de suas músicas antigas e pensei que você poderia estar interessado.

A mãe de Luke apareceu na porta. -Eu ouvi a campainha?

-Querida essa é Julie_disse seu pai, um pequeno engate em sua voz dando alguma emoção. -Ela mora em uma casa onde Luke e a banda costumavam ensaiar. Ela estava me dizendo que encontrou uma música que Luke escreveu.

-É sobre uma garota chamada Emily_eu disse.

A mãe de Luke parecia atordoada. -Eu sou Emily.

Eu olhei nos olhos dela. -Acho que seu filho pode ter escrito essa música para você.

Eu não poderia mudar o passado de Luke mais do que eu poderia mudar o meu. Ninguém poderia. Mas eu poderia ajudá-lo a trazer um pouco de paz à mãe dele. E talvez ele mesmo também.

julie and the phantomsOnde histórias criam vida. Descubra agora