Nos reluzentes salões da alta sociedade de Nova York, onde o brilho do ouro rivaliza com o resplendor dos diamantes, três figuras estão destinadas a se entrelaçarem em uma teia de paixão, traição e luxúria.
Sophie, conhecida nos círculos mais exclus...
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Passei boa parte do dia ansiosa com o meu encontro misterioso, consegui descansar um pouco tendo em vista que decidi abdicar do meu treino de ballet durante a tarde. Eu conhecia bem o Restaurante Vispache, já havia sido levada lá por vários clientes, afinal é um dos mais bem recomendados de Nova York e literalmente só a alta sociedade tem como pagar os preços exorbitantes que são cobrados pelos produtos e serviços.
O sol já havia cedido o seu lugar no céu, comecei a me arrumar com um bom período de tempo sobrando a fim de não me atrasar, fiz um penteado mais rebuscado e optei por um vestido vermelho decente no tamanho, porém bem justo ao corpo, eu queria compensar a forma que conheci o Alexander, parecia que havia sido tirada de um filme de terror, completamente desleixada. Ele merecia ver uma versão minha mais arrumada e bem produzida. Calcei um salto alto na cor branca para contrastar com o vestido e finalizei com uma maquiagem leve, minha pele não precisava de muito e eu gostava da naturalidade.
Chamei um táxi que estava parado do outro lado da rua do meu prédio e passei o endereço que o cliente havia solicitado. Entrei pela porta traseira e cumprimentei o motorista de forma distante e educada.
-Desculpe a minha intromissão, mas a senhora é atriz? -Uma pergunta inesperada após alguns minutos de trajeto me retirou dos devaneios e retornei a minha atenção para um senhorzinho de estatura baixa e barriga proeminente que dirigia o táxi.
Ponderei um pouco antes de responder, eu poderia mentir e fazer a noite dele feliz, provavelmente ele iria pra casa e contaria para a esposa que havia levado uma pessoa famosa ou então eu poderia ser sincera e frustrar a curiosidade dele.
Optei pela segunda opção.
-Não, sou apenas uma dançarina. -Respondi quase que com um sorriso.
-Dançarina? O que você dança?- Ele perguntou me inspecionando pelo retrovisor dianteiro.
Striptease. Poderia dizer, ri em pensamento, ponderei novamente e optei por contar uma parte da verdade.
-Ballet, sou bailarina!- Respondi educada e ele assentiu satisfeito.
-A minha filha mais velha ama ballet, já pensei em colocá-la em um estúdio de dança, talvez se melhorar as notas na escola eu reavalie a ideia. -Ele disse.
-O ballet é sempre mágico, faço aulas no estúdio Étoile, talvez tenha a oportunidade de dançar com a sua filha qualquer dia desse.
-Sim! Verei o que posso fazer sobre isso. -Ele falou encerrando o assunto e alguns minutos depois me deixou na porta do restaurante, realizei o pagamento e desci do carro.
Ao entrar, eu sabia que existia o espaço no térreo, que eram para os ricos de Nova York e o andar superior que era para os mais que ricos, os milionários. Consegui arrancar diversos olhares masculinos e também femininos, eu concordo que estava bem atraente, me sentia assim e o melhor: era proposital!.
