S/n pov's:
Desde o nosso primeiro ano no South Carolina, uma das piores coisas que pode nos acontecer é ter que enfrentar a LCU
Não porque são adversárias impossíveis de se ganhar, mas sim porque são extremamente insuportáveis
Principalmente, Angel Reese
Sei que é o jeito dela jogar e tentar entrar no nosso psicológico
Mas vontade de dar um soco naquela ali não falta
....
A partida se iniciou e como o esperado o jogo estava bem disputado
Estávamos ganhando com apenas 5 pontos na frente
E como o esperado também, Kamilla e Angel desde o início trocavam "carícias"-Empurrões, arranhões e às vezes até puxões de cabelo nada sutis- Passo por Kamilla tentando acalmá-la, mas obviamente era em vão logo Angel voltava a marcá-la e a falar besteiras provocando-a
A gota d'água foi ao fim do jogo
Faltavam 27 segundos para o fim do jogo e Kamilla faz um lindo bloqueio na tentativa de uma bandeja de Angel
Kamilla comemora sorrindo provocativa para a americana
Acompanhando de longe eu reviro os olhos
Angel diz alguma coisa para a Kamilla, não consigo distinguir e quando percebo a confusão já estava feita
Juízes,jogadoras e até membros da comissão técnica tentavam ajudar a separar a briga
Corro para tentar ajudar e agarro um dos braços de Kamilla
Ao tentar se soltar a brasileira acerta um cotovelada em meu nariz, o sangue desce quase que instantâneamente
Todos estavam tão concentrados na briga que se quer prestaram atenção
Me afasto e me sento encostada em uma das placas de publicidade
Uma torcedora mirim chega até mim com um pequeno lenço
-Coloque no nariz para estancar o sangue -Ela diz eu assinto fazendo o que a pequena disse
-Obrigada -Agradeço a pequena
-Me pague com um autógrafo no final do jogo -Ela diz e eu rio
-Fechado
Ainda sentada vejo a confusão sendo desfeita
Sou substituída pra cuidar do nariz e então a partida se encerra
Depois de cuidar devidamente do meu nariz, tiro meu tênis e assino com uma caneta para dar de presente para a garotinha
Antes de chegar até a pequena ruivinha que me esperava com um sorriso de orelha a orelha, Kamilla me puxa pelo braço
-Ei você tá bem?
-Pareço bem? -Ela nega
-Isso não te....-A interrompo
-Agora não, não é a hora e nem o lugar, vou falar com aquela menina e a gente se vê em casa, pode ir no carro, eu pego um metrô ou peço um carro por aplicativo
Saio antes mesmo da Brasileira me responder
-Aqui -Entrego o tênis para a garotinha que começa a chorar
Ajudo ela a passar por cima da placa de publicidade e me agacho ficando da sua altura
-Não chore -Enxugo as lágrimas da menina com os meus polegares -Obrigada pela ajuda -Abro os braços e a ruivinha me abraça