Nunca deixar de amar alguém é um sentimento poderoso que pode nos acompanhar ao longo da vida. Ainda mais quando essa pessoa consegue e te faz a pessoa mais feliz do mundo. O amor verdadeiro transcende as dificuldades e os desafios, e nos faz enxerg...
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Heloísa Narrando.
Era por volta das 20hrs e eu tinha acabado de chegar em casa, hoje na delegacia foi dia de feijoada e eu estava exausta, não parei um segundo.
Entrei em casa e Alice estava na sala, na mesa central enquanto desenhava.
- Cheguei. — falei enquanto colocava a chave pendurada. — Boa noite filha. - Boa noite mamãe — sorriu. - Cadê Cleusa? — me joguei no sofá. — ai minhas costas.. Resmunguei por ter me jogado de mal jeito, é a idade batendo as portas.
- Ta terminando de fazer o jantar. — se levantou. — olha o que eu fiz. Disse ela vindo mostrar o seu desenho. Peguei para ver.
- Ta lindo. - Essa sou eu, a senhora e a Cleusinha. - Eu amei. — sorri. — mas e esse cachorrinho? - Ahh é isso que eu queria falar com a senhora. - Tsc, Tsc. — neguei fazendo barulho pela boca. — não arrume ideia, Alice.
- Mas mamãe, um pequenininho que não ocupe espaço. — continuei a olhando enquanto negava. — Eu vou cuidar tão bem que ele não vai nem te atrapalhar. - Não, não, não, não. Eu falei enquanto me aproximava dela e a colocava no meu colo.
- Ah! To triste. — emburrou com os braços cruzados. — É só um cachorrinho. - Um cachorrinho que só vai dar trabalho pra Cleusa. - Eu ajudo ela. - Vou pensar no seu caso. Ela se jogou no sofá ao meu lado e eu ri.
- Oh 'donêlô' a senhora chegou e nem falou nada. Ela disse vindo com um pote, mas escondeu atrás dela ao me ver.
- Que isso aí? - Nada não, 'donêlô'. - Deixa eu ver Cleusa. - Oh mulher não é nada não, deixe de 'aperriação' Eu me levantei e fui até ela, chequei atrás e vi um pote de sorvete.
- Sorvete, Cleusa? - Era pra mim 'donêlô', pode ficar tranquila. - Por que você escondeu? Não minta pra mim. - Deve era pra ela né, Cleusinha?! Tadinha mamãe ela pode. - Não tem problema nenhum ela tomar sorvete, mas isso eu sei que não era pra ela.
Eu peguei o pote de sorvete e as duas se olharam. Elas pensam que me enganam.
- Dando sorvete pra Alice antes da janta, dona Cleusa? - Oh donêlô é que a bichinha insistia tanto. Parecia a senhora quando criança me olhando com esses olhinhos brilhando. - Não quero que isso se repita. — a devolvi o pote. — Vou tomar um banho.
Fui pro meu quarto e joguei a jaqueta que estava sobre minha cintura na cama.
Peguei o meu roupão de renda preta e fui tomar um banho, era o que eu precisava no momento, um banho que refrescasse até a alma!
