Dia do Cortejo (Pt Br)

Capítulo 13

O volume de correspondência que apareceu na cama de Harry só aumentou durante o resto da semana. O Trio Dourado passava horas todos os dias respondendo a isso, e apenas o cronograma cuidadoso de Hermione os impedia de faltar às aulas, incinerar a caixa de correspondência e mandar para o inferno, ou sair correndo gritando do quarto de Harry. Quando chegou segunda-feira, o aparecimento das decorações de Halloween no Salão Principal pegou Harry completamente de surpresa.

“Melhor assim, cara,” Ron disse a ele. “Você tem estado muito ocupado para pensar em como o Halloween é sempre um desastre. Não houve tempo para se preocupar com isso.

"Sim, bem, ainda é o aniversário de quando Voldemort matou meus pais," Harry disse secamente. “Perdoe-me por estar um pouco deprimido hoje.”

"Merda. Desculpe." Ron corou, suas bochechas rosadas colidindo terrivelmente com seu cabelo. “Isso provavelmente explica por que Snape não está na mesa principal esta manhã. Você disse que ele era o melhor amigo da sua mãe, certo?

Harry já havia notado a ausência do homem, apesar de seus esforços para fingir que não estava ciente da posição exata de Severus em todos os momentos em que estavam na mesma sala. É difícil dizer quando isso aconteceu, na verdade, Harry refletiu. Talvez na época em que ele começou a ficar todo tonto por Severus ter segurado sua mão. Merlim.

“Sim, err.” Harry lançou um olhar sub-reptício para a cadeira vaga do diretor. Talvez não seja suficientemente sub-reptício, a julgar pela expressão de Ron. “Acho que o Halloween também é um dia difícil para ele.”

“Por que você não vai ao escritório dele esta tarde? Você pode pegar aquela garrafa de firewhisky que George me mandou e se oferecer para sentar e meditar um pouco com ele.

Hermione devia estar escutando a conversa deles, apesar de estar sentada no lado oposto da mesa e com o nariz enfiado em um livro, porque ela deu um tapa carinhoso na lateral da cabeça de Rony sem sequer olhar para cima. “Harry não precisa levar álcool contrabandeado para o diretor da escola, seu idiota. Ele tiraria pontos da Grifinória, no mínimo.”

"Ah, sim, eu acho."

Harry balançou a cabeça. “Obrigado, vocês dois. Vocês dois estão certos - acho que vou ver se ele quer companhia para o chá esta tarde. Sem o uísque de fogo. Não há dúvida de que ele me considera jovem demais para beber.

Hermione suspirou e virou uma página. “Estamos sujeitos às regras da escola para os alunos, mesmo que sejamos tecnicamente adultos. Você é muito jovem para beber. Pelo menos aqui.

“Isso, e acho que se eu começasse a tomar uísque de fogo hoje, talvez não parasse.”

Ron encolheu os ombros. “Como quiser, companheiro. Vejo você na aula?"

***

Pela primeira vez no ano, a gárgula não deixou Harry passar.

"Você tem uma maneira de dizer a ele que estou aqui, pelo menos?" Harry perguntou isso.

A gárgula mostrou a língua para ele. “Normalmente eu diria a qualquer pessoa sem a senha para ir bater areia, mas você é um caso especial. O diretor está na enfermaria, Harry Potter.”

O queixo de Harry caiu. "Ele está bem?"

De alguma forma, a gárgula deu a impressão de encolher os ombros, apesar de não mover um músculo de pedra. “Acho que você terá que descobrir.”

Harry correu.

Hogwarts foi gentil com ele, pela primeira vez, e nenhuma escada o fez tropeçar no caminho. Ele escorregou até a porta da enfermaria, ofegante, apenas para se deparar com Madame Pomfrey mandando-o calar-se.