𝘊𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 4

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chapter 4

Simon limpou seus olhos que ficaram levemente lacrimejantes de tanto rir, e seguiu atrás do Peter. — Ok ok! acho que seu limite de raiva está bem elevado agora, né? Quero dizer, você não entende brincadeira? – Simon perguntou, abrindo um leve sorriso, mantendo as mãos juntas atrás das costas.

Peter esfregou de forma suave suas mãos na blusa, tentando ao todo seu máximo não explodir de raiva do garoto, e se manter calmo.

— Não vai responder, né? – Simon perguntou, de forma bem baixa, mantendo seus olhos nas costas do garoto em sua frente, e logo deu um sorriso de canto de lábios, parando de andar e se virou na direção oposta do Peter.

Peter não deu a mínima, se apressando para ir logo para sua casa. O garoto percebeu passos se aproximando atrás de si, e quando ia se virar, algo colidiu com suas costas com uma força fazendo ele fraquejar e cair de cara no chão.

Simon havia bolado um pequeno plano maléfico apenas para irritar o novato da cidade, ele parou de andar, esperando o Peter se afastar, e logo correu com tudo na direção do Peter e fazendo os dois rolarem no chão.

Peter ficou alguns segundos ainda no chão, tentando processar o que havia acontecido agora. Suas roupas acabaram sujando por causa da queda. Quando percebeu a situação, sua face ficou completamente cheia de raiva. O garoto se levantou em um salto, cerrando as mãos em punhos, olhando para Simon que estava rindo da situação.

— Isso definitivamente… me divertiu! – Simon disse, abafado entre risos que dava, não conseguindo parar. Ele estava com as mãos no seu estômago, não se aguentando de tanto rir. Quando o garoto percebeu, ele havia levado um soco no meio do nariz.

Os punhos de Peter ficaram arranhados por causa do soco. Ele não disse nenhuma palavra, apenas agiu por impulso, e não viu o que havia feito. Uns segundos depois, ele percebeu o que havia feito, vendo Simon segurando o nariz, e parado de rir.

— Qual o seu problema, cara? — Simon murmurou, mal conseguindo respirar direito pelo soco, seu nariz começou a sair um líquido vermelho, escorrendo por cima de sua boca.

Peter se virou de costas pro Simon, perplexo consigo pelo o'que havia feito, ele não disse nenhuma palavra, e suspirou levemente ofegante. Ele balançou a cabeça e caminhou rumo a fora da floresta, deixando o garoto ensanguentado no chão.

Blackwood House

Peter entrou quietamente em sua casa, tirando seu agasalho e colocando no cabideiro de madeira. Ele não queria alertar seu pai de sua presença na casa, então subiu as escadas, mas levou um susto com uma voz familiar.

–- Qual o motivo de tanto silêncio? Está com pressa do que? — Mr. Adams perguntou, levantando uma única sobrancelha em curiosidade, ele estava encostado no batente da porta, com seus braços cruzados. Sua cintura fina realçava muito com a blusa colada que ele vestia, dando um ar de juventude novamente;

— Nada. — Peter respondeu, olhando pro seu pai, e logo desviou seu olhar. Ele estava mais calmo durante o caminho pra casa, e seus punhos estavam no bolso para não deixar na visão de seu pai.

— Nada? — Adams repetiu, e deu uma risada baixa e curta. Ele conhecia muito bem seu próprio filho, e sabia que Peter nunca entrava em casa com tanto silêncio, sem alertar um vizinho com o barulho da porta batendo, pois o garoto fazia isso com frequência em sua cidade natal. – Essa resposta é muito simples. 

— Já disse. Não é nada. – Peter respondeu, se virando e subindo o resto dos degraus, mas seu pai falou novamente, fazendo ele parar de subir.

— Você sabe que eu não sou burro, né garoto? – Adams ressaltou, olhando para o Peter parado alguns degraus na escada.

Peter ficou quieto, de costas ainda pro Adams, mas estalou a língua, olhando pro seu pai que não sairia do seu pé até descobrir a verdade. Ele tirou suas mãos do bolso, mostrando os pequenos arranhados em seus punhos. – Um garoto idiota ficou fazendo brincadeiras de merda comigo e me irritando. – Peter falou, em um tom baixo, olhando nos olhos do seu pai.

Adams deu um suspiro, esfregando as têmporas. – Deixo adivinhar, você começou uma briga, né? — Adams perguntou o óbvio, vendo Peter desviar o olhar com a pergunta. — Francamente, você é igual a sua mãe. –

Peter mirou seu olhar rapidamente pro seu pai, com um olhar furioso. – Não me compare com aquela mulher! - Peter bradou, fechando as mãos em punhos. Ele odiava profundamente sua mãe, odiava com todo seu coração pelo que ela havia o feito passar.

– Oh… desculpa, Peter… eu.. – Adams murmurou, abaixando seus braços ao lado do corpo, ele não queria tocar no assunto da mulher com Peter.
O garoto subiu as escadas rapidamente, sem falar nenhuma palavra, deixando Adams sozinho. – Ótimo…  —

𝘛𝘩𝘦 𝘴𝘵𝘰𝘳𝘺 𝘯𝘦𝘷𝘦𝘳 𝘦𝘯𝘥𝘴...Onde histórias criam vida. Descubra agora