𝐶ℎ𝑎𝑝𝑡𝑒𝑟 16

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Chapter 16

Caminhando por um tempo, os dois chegaram em uma pequena e velha cabana. O local estava silencioso, sem nenhum som de pássaros cantando ou árvores chacoalhando.
– É aqui? – Peter perguntou, olhando para a cabana em sua frente, enquanto mantém suas mãos enfiadas no bolso do agasalho.
Simon ficou em silêncio, não respondendo nada, enquanto olhava para sua casa. Ele estava com uma sensação estranha em seu peito, como se o seu subconsciente estivesse sinalizando ele de um perigo.
– O que você está esperando, seu idiota? – Peter perguntou, olhando para Simon parado no lugar.
Simon piscou algumas vezes, saindo de seus pensamentos e ouvindo a voz de Peter. – Eu estava apenas pensando… – Simon murmurou em resposta, soltando um suspiro meio ansioso.
– Tá com medo? – Peter perguntou, levantando uma sobrancelha, mantendo o olhar no Simon, vendo sua linguagem corporal nervosa.
Simon balançou sua cabeça, olhando para a entrada da cabana. Ele sentia algum tipo de hesitação, seu corpo estava tenso e com as mãos suando. Soltando um suspiro, Simon começou a dar a volta pela cabana, indo na direção da janela de seu quarto, com Peter andando atrás dele. – Certo, espere aqui, enquanto eu entro. – Simon disse, secando o suor das mãos em sua blusa.
Peter ficou olhando para o Simon, esperando impacientemente que ele entrasse logo. – Então vai depressa! – Peter resmungou em resposta, e olhou para cima, vendo o sol começar a descer lentamente, começando a anoitecer.
Enquanto Simon abria a janela, Peter ficou em silêncio, apenas observando ele. Logo de volta instantânea, Peter agarrou o braço do Simon, impedindo dele entrar.
Simon sentiu o aperto de Peter em seu braço e se virou. – O que aconteceu? – Simon perguntou, olhando para o Peter.
Por dentro, Peter começou a sentir um formigamento em seu corpo, apertando o braço do Simon sem perceber. Seu corpo agiu de forma imediata como se avisasse ele de algo preocupante.
– Você tá apertando meu braço… – Simon alertou, sentindo os dedos do Peter cravando em sua pele.
Peter saiu do transe e soltou rapidamente o braço do Simon, abaixando suas mãos ao lado do corpo. Ele não entendeu porque fez aquilo de forma tão inesperada. – Vai logo, seu idiota! – Peter disse, afastando um passo para longe do Simon, esperando ele entrar na cabana. – Seu medo é muito expressivo, da pra ver estampada em sua maldita testa. –
Simon revirou os olhos. – Todo mundo tem medo! Meu pai é capaz de coisas inimagináveis. – Simon disse, soltando um suspiro, olhando para o Peter.
Peter cruzou os braços sobre o peito, e resmungou baixinho. – Quer que eu vá no seu lugar então? – Peter perguntou, olhando para o Simon. – Seu pai não deve estar aí. A casa está quieta. –
– Não precisa! Eu consigo fazer isso. – Simon respondeu, se virando para a janela, se preparando mentalmente. Antes de entrar, ele entregou o cartucho para o Peter segurar.
Simon tomou um suspiro e escalou a janela, logo conseguindo entrar. Ele olhou ao redor do seu quarto, vendo tudo do mesmo jeito que havia deixado quando saiu. Roupas jogadas no chão e espalhadas em um canto e a cama toda desarrumada.
Simon caminhou até uma parte do seu quarto, se ajoelhando no chão e tirando um piso falso que tinha, vendo seu console escondido lá dentro. Ele esboçou um sorriso pegando seu console e tirando ele de seu pequeno esconderijo. – Achei você! – Simon murmurou pra si mesmo, olhando para o console. Ele se levantou do chão e foi até a janela, vendo o Peter esperando do lado de fora. – Eu consegui! Agora vamos sair daqui. – Simon disse, entregando o console nas mãos do Peter.
Quando Simon escalou a janela, algo afiado acertou seu braço, fazendo ele perder o equilíbrio, prestes a cair de cara no chão.
Com um reflexo, Peter soltou tudo que estava segurando em suas mãos e agarrou o corpo de Simon antes que ele colidisse com o chão, mas acabou que eles dois caíssem no chão um em cima do outro pelo peso. – Argh! O que você tem?? – Peter perguntou irritado, olhando para o Simon e saindo rapidamente debaixo de Simon, não notando o corte no braço do Simon.
O momento aconteceu de forma rápida que Simon nem teve tempo de ver o que havia acertado seu braço. Ele se sentou no chão e agarrou o local onde foi acertado, soltando um pequeno gemido de dor. O corte não parecia ser fundo mas estava doendo. – Droga… – Simon murmurou, cerrando seus dentes, tentando aguentar a dor do corte e estancando o sangramento com a sua mão.
Peter se sentou no chão, soltando um suspiro de frustração, agora reparando no corte no braço de Simon. Ele rasgou um pedaço de sua blusa e amarrou de forma apertada onde estava o corte do Simon para o escorrimento do sangue parasse – Você é um grande otário! – Peter resmungou, olhando para o Simon e logo olhou para a janela, não vendo nada que poderia ter causado o acidente de Simon.
Simon se encolheu ligeiramente, sentindo uma dor aguda no braço ao ter sido enfaixado com o ‘curativo’ improvisado que Peter fez em seu braço. – Eu não tenho culpa, não sei o que me acertou! – Simon resmungou de volta, movendo seus braços, sentindo dor com os movimentos.
Peter revirou os olhos, se levantando do chão e olhando ao redor, parando seu olhar na janela. A sensação de alguém estar observando eles começou a voltar, como se algo estivesse os espionando de perto. Peter logo saiu dos seus pensamentos com Simon o chamando. – Vamos embora, antes que meu pai volte! - Simon disse, se levantando do chão e pegando o cartucho junto com o console que estavam caídos no chão, em seguida começando a andar para longe da cabana.
– Estou indo. - Peter respondeu olhando em volta por um momento e voltando seu olhar para o Simon seguindo atrás do mesmo. Aquela sensação não sumia, definitivamente tinha alguém observando eles entre as árvores. Seu olhar logo se direcionou no Simon. – Toma cuidado da proxima vez, seu idiota. –
Simon caminhava na frente, ainda sentindo a pontada de dor em seu braço. – Não sei o que me acertou, mas deve ter sido alguma coisa na janela. – Simon disse, olhando para o Peter que estava caminhando ao seu lado.
– Você que é burro e não presta atenção! – Peter disse em resposta, revirando seus olhos. – Deveria ter te deixado cair no chão. –
– Vamos indo, já está escuro. – Simon mencionou mudando de assunto, andando mais a frente com o Peter atrás dele.
Enquanto os dois andavam para saírem da floresta, algo estava à espreita, observando os garotos a distância, seguindo cada passo deles de forma completamente silenciosa sem que sua presença fosse sentida pelos garotos.

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⏰ Última atualização: Aug 12 ⏰

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