Capítulo cinco

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Eu saio dali, arrasado, pensando "como isso é possível?" e "Ela fez isso comigo?" Nada faz sentido, não mais

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Eu saio dali, arrasado, pensando "como isso é possível?" e "Ela fez isso comigo?" Nada faz sentido, não mais. Eu confiei nela, e por que ela não me contou? Por que ela não me contou que ela é filha da Ava?

Eu entro na minha cabana, a qual eu divido com Minho e Gally. E assim que eu entro nela, vejo Gally deitado de olhos fechados em sua rede

— O que foi, trolho? - Perguntou

— Amaya... - suspirei pesadamente me sentando na minha rede

— O que tem? - Perguntou Gally

— Ela é filha da Ava... - Falei quase como que um sussurro

— Como é que é, Fedelho? - Perguntou Gally — Ela até pode ser filha da Ava. Mas, ela não é traíra! Se ela fosse uma, igual a Teresa. Ela não teria ficado dois anos no labirinto

— Ela ficou Dois anos no labirinto?

— Exatamente, ela era a líder dos construtores - Explicou Gally

— Eu achei que eu nunca diria isso, mas... - Comecei — Mas, cara... Eu tô perdido

— Você quer dizer que precisa da minha ajuda? - Perguntou Gally — Eu achei que você nunca iria me pedir isso

— Eu não queria, mas... Minho, e eu brigamos... - Falei cansando

— Tá... Vai falar com ela! - Exclamou Gally

— Simples assim? - Perguntei dando um pulo

— O que foi? Conversa com ela! Não é um bicho de sete cabeças! - Exclamou Gally

— Você tem razão... - Falei me levantando

— E quando eu não tenho? - Perguntou Gally irônico

— Cala a boca - Falei saindo

— Eu te ajudo e você me manda calar a boca? Bom saber, da próxima eu não te ajudo!

— Credo Gally, para de brincadeira! - Exclamei saindo

— Eu não sou palhaço, Trolho!

— Eu não sou palhaço, Trolho!

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