Then comes a mist and a weeping rain | Drarry

7

Foi um dia chuvoso. O sol havia se escondido atrás das nuvens no início da manhã e se recusava a aparecer desde então. Parecia que preferiria fugir para o oeste do que espiar através da escuridão e mostrar o seu rosto.

Os terrenos de Hogwarts foram abandonados quando Draco foi até o galpão de vassouras. Ele enfeitiçou sua capa, calçou um par de luvas e ansiava por escapar da chuva e não deixar que ela o molhasse. Sua própria nuvem flutuava acima de sua cabeça, parecendo pequena e insignificante em comparação com suas irmãs no alto do céu. Não choveu nenhuma vez naquele dia. Draco estava tão animado que ficaria chocado se isso acontecesse.

Desde o momento em que Draco desceu para tomar o café da manhã no Salão Principal, seus colegas de classe o abordaram aleatoriamente, exigindo que ele fizesse um distintivo da Casa Zangado para eles. Draco não tinha certeza se eles queriam apenas animar Ernie, se achavam que eram irritáveis o suficiente para pertencer a essa casa ou se simplesmente não tinham nada melhor para fazer e rir. No final, Draco decidiu que eles estavam simplesmente encantados com os distintivos de Draco. A maioria deles já havia se encantado no passado.

Todos riram muito quando Daphne e Finnigan encantaram o centauro da Torre e ele se recusou a dar passagem a Granger antes que ela respondesse à sua pergunta ("Como você está hoje?") com "Estou zangada". Ela também parecia estar, depois de ter discutido com o centauro por uns dez minutos.

O trio da Grifinória havia perdido a maior parte do caso da Casa Zangado. Eles estavam ausentes de forma suspeita durante os períodos livres e as refeições. Draco só os tinha visto na aula. Potter olhou em sua direção, mas Granger e Weasley não. Mesmo assim, Draco se perguntou se eles estavam ocupados discutindo sobre ele, ou melhor, sobre a cena que Weasley havia encontrado ontem na sala comunal. O pensamento teria perturbado Draco, mas nem Granger nem Weasley o haviam enfeitiçado ou o encarado, então ele esperava que isso significasse que eles não estavam planejando sua morte por ousar colocar as mãos (e a boca) em Harry Potter.

Potter parecia estar de mau humor, entretanto. Draco precisava falar com ele, mas não tinha certeza de como Granger e Weasley reagiriam se ele simplesmente fosse até eles e pedisse para falar a sós com Potter. Ele acabou enviando uma coruja para Potter e pediu-lhe que encontrasse Draco no campo de quadribol antes do jantar.

A Firebolt de Potter ainda estava no galpão e Draco, sombrio, pegou sua própria vassoura. Então ele olhou para a nuvem, preocupado que ela reagisse à sua angústia, mas ela permaneceu em paz.

Draco não precisava ter se preocupado nem um pouco: quando ele se ergueu no ar e voou na direção do campo, ele avistou uma figura solitária sentada no banco mais alto, no canto sudeste das arquibancadas. A cabeça escura de Potter era inconfundível.

Draco deu uma volta no campo uma vez e então se abaixou, segurando a alça com força. Ele direcionou sua vassoura para Potter e então voou para ele em alta velocidade. Ele podia ver Potter sorrindo de longe. Ele não se moveu nem se mexeu quando Draco se aproximou.

Draco fez uma curva acentuada à esquerda no último momento possível para evitar a colisão. Ele voou um pouco para trás e pousou perfeitamente ao lado de Potter.

— Você poderia pelo menos ter fingido pensar que eu iria atropelar você — Draco disse enquanto deixava sua vassoura de lado e se sentava no banco.

— Eu pensei que você queria me puxar e me levar para um passeio.

Draco bufou. Ele olhou de soslaio para Potter, tentando determinar o humor de Potter sem sorte.

— Onde está sua vassoura? — ele perguntou. — Você veio até aqui?

Potter balançou a cabeça.