Kit e Joe se conheceram quando ambos eram crianças. Kit era bissexual e assumido para todos, e todos o aceitavam. Quanto a Joe, ele se assumiu gay para o seu pai e assumiu Kit como seu "namoradinho" da época, mas ele não aceitou e levou o filho para...
Confesso que fiquei um pouco bravo pelo Joe ter pedido para que eu retirasse o braço do seu redor, mas isso foi só na altura. Porque depois eu pensei como um Homem com H grande e percebi que era coisa boba e que se ele não se sentia confortável, então a minha obrigação era deixá-lo confortável.
Depois disso, acho que ficou tudo bem. Tirando a parte em que ocorreram as gravações do beijo do Bash e do Joe. Mas acho que sobre isso está tudo bem também. Joe não me pareceu entusiasmado com esse beijo, foi só encenação mesmo.
{Algum tempo depois}
Bom, hoje é sábado. A gente costuma gravar algumas coisas no sábado, mas hoje a Alice e o Euros nos dispensaram para a gente poder descansar e eles poderem se organizar, porque as coisas estão muito corridas ultimamente.
Nós todos obviamente concordamos com isso e agora só voltamos segunda-feira para gravar. Um dia de folga iria me fazer bem, mas ficar o dia todo em casa não está nos meus planos.
Estava pensando em convidar Joe para jantar comigo. Um jantar um pouco "romântico" e fofo para a gente conversar um pouco e também passar um tempinho juntos, só nós dois.
Pensei muito sobre várias coisas para deixar aquele cacheadinho lindo sorridente, como eu gosto. Como metade do mundo sabe, ele é obcecado pela Taylor Swift, o que me deu uma ideia extremamente brilhante.
Eu vi aí no TikTok uma pessoa que tinha feito um buquê com os álbuns da Taylor e as músicas dos mesmos. Pensei em fazer isso pra ele e entregar hoje de noite. Mas para isso eu preciso do material.
Depois que eu terminar de comprar e deixar tudo pronto eu irei convidar ele. Tenho que terminar tudo antes das 16:00 para dar tempo de ajeitar tudo certinho com ele e aí correrá tudo bem.
Dito isto, eu saio de casa às 14:28 e percorro todas as lojas da minha cidade, procurando tudo o que eu preciso para fazer o tal buquê do paraíso.
Fico uns 40 minutos só tentando achar lojas com os materiais certinhos e comemoro quando finalmente acho uma. Uma moça, muito bonita por sinal, caminha até mim e fala comigo.
- Boa tarde. Precisa de ajuda? - A mulher sorri gentilmente.
- Boa tarde senhora. Acho que sim. Sabe me dizer onde aqui tem aqueles pausinhos finos de madeira?
Ela para para pensar durante algum tempo tentando decifrar o árabe que eu acabei de falar mas logo ela fala.
- Sei sim, venha comigo por gentileza
A moça começa a andar e eu a sigo. Ela nos leva até um local lotado de prateleiras e com vários tipos de paus de madeira, de todos os tamanhos e larguras.
- Aqui, tem vários tipos de paus, só levar o que precisar - A moça sorri gentilmente e se afasta lentamente de mim, indo embora.
Observo todos os tamanhos e escolho o que se adequa mais para o que eu quero fazer. Procuro pelos outros materiais todos e assim que acho, vou até ao caixa e pago tudo.
Volto para casa e separo as coisas todas em cima da mesa da sala. Pego o meu celular e coloco no vídeo e sigo todos os passos que a pessoa faz.
Confesso que fazer presentinhos assim não é muito uma coisa que saiba fazer, mas por ele tudo vale apena. Até viver vale apena.
Sorri-o quando termino o buquê e vejo o ótimo resultado do mesmo.
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Será que ele vai gostar?
Vou deixar um bilhetinho escrito para ele e colocar no meio dessas flores para ele achar depois e ler.
Vai ser tudo perfeito.
{Pouco tempo depois}
Podemos apenas fingir que não estou há uns 40 minutos ganhando coragem para chamar Joe para jantar comigo?
Fazia tanto tempo que eu já não sentia esse sentimento. A vontade de querer ver o Joe e o medo de o chamar se misturando ao mesmo tempo.
Ele causa essas sentimentos e muitos outros em mim. É a única pessoa que realmente consegue arrancar sentimentos bobos e lindos de mim..
Bom, chega de enrolar. Eu vou chamar ele e vai ser agora. Pra que tanto medo? É só um jantar, nada demais Kit.
Pego o meu celular e procuro pelo contacto de Joe. Sorri-o nervoso quando encontro e vejo que já não tem como voltar atrás quando o celular começa a fazer um barulho de ligação chamando.
A cada "puuu" que faz a minha ansiedade só aumenta e o medo de ele não atender ainda mais.
Mas logo esse medo vai embora quando a doce voz dele ecoa pelos meus ouvidos. Que voz..
J: Oii Kit
K: Oi querido, tudo bem?
J: Tudo sim! E com você?
K: Também também
J: Que bommm
K: ...
J: ...
K: ...
J: Kit?
K: Sim?
J: Vai falar porque me ligou ou vai me obrigar a ficar ouvindo sua respiração ofegante? - Ele brinca.
K: Desculpa! - Rimos - Certo. Você está ocupado essa noite?
O silêncio invade a ligação durante alguns segundos e minha ansiedade aumenta de novo. Será que ele tem algo pra fazer?
J: Bom.. pra falar a real, estou sim. Porquê?
K: Oh. Ahm... Nada, só queria saber mesmo.
J: Ah, sim. Mas porquê?
K: Vai estar ocupado fazendo o quê?
J: Ah... Eu só... Vou ir visitar a minha mãe, sabe? Ela... a está doente e eu irei visitá-la - Ele se engasga todo com as palavras.
K: Oh, sim. Tudo bem. Era só isso mesmo
J: Ok... Kit?
K: Hm?
J: Porque você queria saber?
K: ... Nada, só queria saber mesmo.
J: Tabom
K: Tabom.
J: Ok... Então... A gente se vê segunda?
K: Hmhm.
J: Tabom, até segunda Kit
K: Até.
Pressiono e botão de desligar e jogo o celular na cama sem nem me preocupar se ele vai cair no chão e quebrar.
Que merda! Logo hoje, quando já estava tudo pronto é que ele tinha que ter algo pra fazer, né? Que pontaria.
Que cu. Nada acontece como eu quero que aconteça. É sério que o universo nos fez reencontrar de novo e agora não deixa nem a gente passar tempo juntos, sozinhos?
