cada merda que voce me mete

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Rio on.

Eu estava atrás de uma árvore olhando aqueles dois num banco na praça.

-cada merda que você me mete pia- Paraná tava sentado num banco do lado da árvore.

-para de reclamar e se disfarça pra eles não nos ver- falei baixo.

-porque você tá sussurrando daí, eles estão quase quatro metrôs da gente- Paraná falou apontado pro dois, era mesmo eles estão muito longe.

-eu sei, aaaaah Paraná como fui deixar isso acontecer- falei me sentado no banco junto com ele.

-bom vejamos...- Paraná falou contando nos dedos- agente transou pro trás das costas dele, mentimos pra ele, e por uma dessas transar escondidas o Sergipe descobriu nosso segredo, e o Sergipe como e linguarudo não contou só pro sampa mais pra todos da empresa, ai fomos pra cima dele, o são Paulo chegou fazendo barraco na sala do escritório, ele tacou tudo que tava na mesa da Alagoas na gente, ele saiu chorando depois disso, ficamos na sala sendo julgados por todos dali, saimos pra ver se conseguíamos conversar com o sampa, chegamos e descobrimos que o sampa jogou todas as suas coisas pela janela, fomos pra minha casa pra pensar como iríamos convencer o pessoal que não temos nada o plano tava dando certo só que não sei o que deu na sua cabeça que você me lascou um beijo na frente de todos dando mais impressão que a gente tava junto, ai você foi tentar resolver esse assunto com o sampa e você viu ele beijando outro, acho que foi só isso- Paraná terminou dando um suspiro.

-porra...não pensei que tava tão ruim assim- falei surpreso pela lista gigante que ele me falou.

-mais tá pior, você tá na merda eu tô da merda, olha ali rio- Paraná apontou pro são Paulo que estava sorrindo- aposto que você nunca viu um sorriso tão enorme vindo do sampa.

Olhei e vi o sorriso do sampa tava batendo de orelha a orelha.

Será que era melhor deixar o sampa ser feliz uma vez.

-ele tá feliz- falei.

-sim ele tá, agora se lembra da última vez que o sampa riu desse jeito- Paraná cruzou os braços.

Pensei um pouco e olhei pra ele de volta.

-faz muito tempo....

-então, nos dois tiramos o sorriso dele- Paraná falou com a cara fechada.

Fiquei com a cara meio tristonha bom ele tá certo.

-olha rio eu sei que você ama o sampa, mais nós dois abrimos uma cicatriz bem grande no coração dele, e pra curá-la  precisamos deixar ele ser feliz- Paraná falou.

Fiquei ali olhando o nada, até olhar pro sampa ao longe eles estavam indo embora bom melhor ele ser feliz.

-você tá certo, é melhor deixar ele ser feliz- falei dando um pequeno sorriso.

Ficamos ali no banco olhando o movimento do parque, esse vento gostoso de verão batendo nos nossos rostos é tão bom é finalzinho de tarde o céu tava todo laranja e tom de amarelo ao fundo, o som das lojinhas se fechando e os restaurantes e bares se abrindo pra mais um trabalho de noite, os moleques terminando mais uma partida de futebol pra não chegarem em casa tarde pra não levar Esporro da mãe, ai ai isso é cheiro de calma.

Até o Paraná olhar pra mim.

-rio- ele me chamou.

-fala- falei abrindo os olhos.

-você ainda tá triste pela situação- ele falou olhando pro céu denovo.

-bom, eu ainda tô- falei olhando pro céu junto com ele.

-bom eu descobri que vai ter um festival lá no meu estado, quer ir- Paraná falou dando um sorriso.

Olhei pra ele e pensei um pouco e deu um sorriso.

-então tá vamos- falei levantando.

Passou um tempo.

A gente chegou nesse festival paranaense nossa até que tava começando a ficar legal.

Tinha uma barraquinhas vendendo comidas típicas paranaenses, tinha um palco no meu do festival parece que ia ter uma dança ali.

Bom o andamos pelas barraquinhas e tinha umas comidas bem estranhas, até eu parar numa barraca que tava dando uma tal "carne de onça" que pelo o que o Paraná disse e carne crua em cima de um pão.

-vo comer isso aqui não- falei apontado pro pão.

-porque não, tá com medo- Paraná falou dando um sorriso de lado.

-isso é carne crua, como vocês comem isso- falei só de olhar a carne dava arrepios.

-e rio você tem que experimentar coisas novas daí, olha ainda tem um monte de coisas pra você pro provar vamos só uma mordida, depois vamos pra outra barraca- Paraná falou dando uma mordida bem grande no pão.

Olhei pro pão depois olhei pra ele, dei um suspiro e crie coragem pra comer, peguei o pão e dei uma mordida, nossa até que não era tão ruim.

-o que achou- Paraná falou dando mais uma mordida acabando seu pão.

-até que não é ruim- falei mordendo mais uma vez.

-tá bom, agora vamos pra outra barraca daí, talvez essa comida você vai gostar- Paraná falou se levantando da mesa.

Me levantei também e fui seguindo ele, fomos pra uma barraca que era da comida barreado bom eu já provei uma vez, era bom, o Paraná trouxe uma vez num jantar que os estados fizeram e cada um tinha que trazer um prato, em nunca pensei que esse prato fosse tão bom.

Depois do barreado, fomos comer uns doces, tinha bolo de pinhão, cuca, chineque, bom esses foram os doces que eu comi mais tinha outros vendendo tipo doce de abóbora, paçoca, pé de moleque, pé de moça, quebra queixo, todos esses doces dão água na boca.

Bom tava tudo normal até a gente passar por uma barraca que tava vendendo linguiça.

-e Paraná vocês gostam de uma linguiça- falei dando risada.

-o quê...- Paraná parou de andar e olhou pra barraca- iiiih tá doido pia aquilo é vina não é linguiça.

Parei de ri e olhei pra ele confuso.

-quem tá doido é vocês aquilo se chama linguiça ou salsicha.

-pra nós sempre foi vina daí- Paraná falou cruzando os braços.

-vocês são estranhos.

-os sujos falando do mal lavado.

Eu ia falar alguma coisa até ouvimos uma musica, ia começar uma dança no palco.

-vai começar, vamos ver- Paraná falou andando pra perto do palco.

-que dança é essa- falei curioso.

-é fandango- Paraná olhou pra mim depois olhou de volta pro palco.

-saúde.

-é o nome da dança piá.

-aah- falei.

Ficamos ali olhando as pessoas se apresentarem.

Passou um tempo e o sono começou a bater pra nós dois e resolvemos ir em bora.

Nossa passei esse tempo todo me divertindo que esqueci que estava triste bom acho que é bom sempre ter um tempo pra extravasar a cabeça.

Fomos pra casas, e fomos dormi.

~~continua~~

Tchau gente até o próximo capítulo👋

(NÃO) dá pra explicarOnde histórias criam vida. Descubra agora