Christen Woo nunca teve uma vida estável. Entre perdas, segredos e mudanças repentinas, aprendeu que confiar nos outros sempre acaba em decepção. Mas nada a preparou para o dia em que sua mãe, sem aviso, casou-se com um homem que ela mal conhecia-Ja...
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Apertei a ponte do nariz, sentindo a exaustão se espalhar pelo meu corpo enquanto encarava a tela do computador. Eu tinha trabalho para fazer, mas minha mente estava em outro lugar. Em outra pessoa.
Christen.
Ela estava me desafiando. Tentando se afastar, tentando fingir que não sentia nada. Mas eu via através dela. Eu via como suas mãos tremiam levemente quando eu me aproximava, como sua respiração mudava quando eu a tocava, como seus olhos fugiam dos meus toda vez que eu fazia algo que a deixava sem palavras.
Ela podia lutar contra isso o quanto quisesse, mas já era minha.
Passei a mão pelos cabelos e me levantei da cadeira, atravessando o quarto escuro apenas iluminado pelas luzes vermelhas do LED. Peguei a lata de cerveja no frigobar e a levei até os lábios, sentindo o líquido gelado escorrer pela garganta enquanto caminhava até a janela. A noite lá fora estava calma, mas dentro de mim tudo estava um caos.
Eu não sabia dizer quando essa obsessão começou, mas agora eu não podia simplesmente ignorar. Eu precisava dela.
E eu a teria.
Peguei o celular e deslizei pelos arquivos que tinha conseguido recuperar do backup que fiz do celular dela. Todas as suas mensagens, fotos, chamadas, tudo agora estava ao meu alcance. Eu sabia tudo sobre ela. O que ela gostava, o que odiava, suas fraquezas, seus medos.
Eu poderia facilmente usá-los contra ela, mas... isso não era o que eu queria. Eu só queria que ela me entendesse, que soubesse que era inútil lutar contra o que já estava acontecendo entre nós.
Ela ia ser minha, cedo ou tarde.
Joguei a lata vazia no lixo e vesti uma camiseta qualquer antes de sair do quarto. O corredor estava escuro, silencioso, e eu caminhei sem pressa até a porta do quarto dela. Encostei os nós dos dedos na madeira, hesitando por um momento antes de finalmente bater.
Três batidas secas.
Ouvi um som baixo do outro lado, algo se movendo. E então sua voz.
- O que você quer, Christopher? - Ela parecia cansada, mas também irritada. Perfeita.
- Abre a porta.
Houve um momento de silêncio, e então o som da maçaneta girando.
Quando a porta se abriu, ela apareceu diante de mim, vestindo apenas um short curto e uma regata fina demais. O cabelo estava bagunçado, os olhos meio inchados de sono, mas isso só a fazia parecer ainda mais tentadora.