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Aslan LeBlanc|

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Aslan LeBlanc|

Subo em minha moto e começo a pilotar em direção a minha casa.
Quando vejo que cheguei, vou até a garagem e deixo minha moto lá.

— Aslan? O que tu tá fazendo aqui? Tu tinha que estar na escola. — Minha irmã diz assim que entro em casa.

— E te interessa? — Ela cruza os braços. — Aliás, você também deveria de estar na escola agora? O que você está fazendo aqui?

— Eu perguntei primeiro. Então me responde.

— Eu sou o mais velho e exijo a sua resposta agora.

— Você não manda em mim. - Dá de ombros.

— Mando sim.

— Manda nada. — Ela se levanta do sofá e vai até a cozinha.

— Vai me deixar falando com o vento, pirralha? — Cruzo os braços e vou até onde Nicolle está. Ela revira os olhos.

Nicolle, como vocês devem ter percebido, é minha irmã. Minha única irmã.

Ela, antes de estar com a gente, vivia num orfanato. A mãe dela a deixou lá quando ela tinha apenas duas semanas de vida.
Lá, ela até que vivia bem. Os cuidadores cuidavam bem dela. Mas, quando você vive num orfanato, você, com certeza, deseja ser adotado. E com a Nicolle não foi diferente. O desejo dela crescia cada vez mais, principalmente, quando as outras crianças do orfanato diziam para ela que ela nunca seria adotada por ter os olhos diferentes - por conta da descendência coreana - de todas as crianças de lá.

Mas como seus pais decidiram adotar uma criança?

Desde meus 5 anos, eu pedia aos meus pais uma irmãzinha para brincar, cuidar, proteger... Mas eles sempre diziam que não queriam ter outra criança, que só eu estava de bom tamanho. A única vez que eles não me responderam dessa forma, minha mãe havia me perguntado: "Mas se vier um irmãozinho você também vai ficar feliz do mesmo jeito, né?". E eu respondi, nada mais, nada menos que: "Claro que não, né mamãe. Eu quero uma IRMÃZINHA. Não um irmãozinho".
Meu pai até tentou me convencer que eles não controlavam isso, que poderia vir um menino. Mas eu continuava insistindo no fato de que eu queria uma irmã.

Quando eu descobri que existia a adoção - eu tinha 6 anos -, implorei para os meus pais adotarem uma menina para eu - finalmente - ter uma irmã. Depois de um tempo, eu os convenci de que seria legal ter mais uma pessoa morando com a gente.

Após 1 ano, fomos ao orfanato e conhecemos a Nicolle. Nos encantamos logo de cara. De todas as crianças de lá, ela foi a que ficou mais próxima da gente.

Meus pais não hesitaram em dizer que queriam adotar a Nicolle e, quando eles conseguiram, ela tinha 4 anos e eu tinha 7.

Atualmente, temos 17 e 14 anos.

Contract MarriageOnde histórias criam vida. Descubra agora