The way you used to touch my soul

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(A maneira como você costumava tocar minha alma.)

Ela (passado)

Meu corpo ainda ficava quente demais quando você estava por perto, mesmo um ano depois. Mas meu corpo ainda não havia experimentado tudo, por isso ainda reagia assim. Lembro que depois de dois meses de namoro ele perguntou a possibilidade de trocarmos intimidades. Eu não estava pronta para sexo. Ele respeitou isso. Nunca tocou no assunto de novo.

Até que eu toquei.

Festinha da minha amiga, era aniversário dela, em um salão de festa alugado pelos pais dela. Eu dei o presente da noite. Fiz o bolo gigante dela.

"Meu Deus! Você que fez?" Ela disse dando pulinhos. Crianças...

"É claro que eu que fiz" Mas o presente da noite não foi o bolo. Foi quando o amigo dele chamou ela no canto e revelou os sentimentos. Aí sim, ela ficou radiante. O que é um bolo comparado a realização do primeiro amor?

Pensei na linda possibilidade de sairmos de casal.

Ela sumiu com ele e eu fui atrás dele. Te encontrei comendo um brigadeiro roubado. Você me olhou com os olhos lindamente arregalados. Eu sorri. Naquela época eu sorria por tudo, ainda sou assim, só que... Mais melancólica.

"Droga, fui pego no flagra. Não diz a ninguém." Ele disse fazendo graça, eu sorri mais largamente. 

"Vamos sair mais cedo." Não tinha sido um pedido, não foi nem mesmo uma pergunta. E você não achou estranho. Eu planejei aquilo, ela já sabia que eu iria sair, ele que foi pego de surpresa. Meus pais tinham saído porque era aniversário de alguém da empresa da minha mãe, iriam para algum lugar depois, curtir como dois namorados. "Me leva pra casa."

Falei isso com a voz mais sedutora que uma garota de dezesseis anos consegue fazer. Ele levantou o olhar do segundo brigadeiro que surgiu na mão dele, ele tinha um talento pra roubar comida, fez que sim e saímos andando.

Fomos andando em silêncio, ele ainda comendo os docinhos. Ele era meio lerdo nessa época, não tinha entendido que eu tinha segundas intenções. Então chegamos na minha casa e chamei ele pra entrar. 

"Claro. Seus pais saíram né?" Ele passou a língua nos lábios e me encarou com os olhos castanhos intensos. "Não é uma boa ideia."

"É. É uma ideia ótima." Eu sorri e entrei sem deixar ele pensar, então sem opção você entrou e sentou no sofá, sentei do seu lado. Aí pensei melhor e joguei minhas pernas em cima dele, por instinto ele pôs as mãos nelas. Meu vestidinho preto foi pensado. Pensei melhor. Sentei no seu colo. Deu pra ver que ele ficou nervoso, só não entendi por que exatamente. 

"O que tá tentando fazer comigo?" A voz saiu acanhada, tive certeza que ele não planejou falar assim, riu para descontrair. 

"Acho que você sabe exatamente o que quero fazer." Mas não consegui dizer mais que isso. Ele me beijou. Foi diferente dessa vez. Foi necessitado, como se ele tivesse contando os dias para poder me beijar e não como se já tivesse me beijado tantas vezes. Eu me agarrei no pescoço dele, finquei minhas unhas na sua pele. Ele segurou a barra do meu vestido e levantou. Não hesitou, mas... Lembro de me questionar se estava pronta mesmo. A dúvida sumiu quando ele mordiscou minha orelha. Loucura. Senti aquilo. 

"Amo você." Ele disse enquanto beijou meu pescoço, enquanto tirou meu vestido, enquanto tirou meu sutiã. Era quase uma súplica. Ele dizia isso sempre, mas naquele momento foi... Sensual demais. Outros já fizeram isso, mas nunca como ele.

Foi porque foi a primeira vez? Nunca vou saber. 

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Título tirado de Deep end.

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⏰ Última atualização: Jun 14 ⏰

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