인정하기 싫어, 아직도 그리워

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(Eu odeio admitir, eu ainda sinto saudades)

Ela (presente)

Tento fingir que não era ele, que ele não comeu minha comida de novo. Que eu não o vi outra vez. Duas vezes em 2 semanas. Isso é demais para mim. Ainda que te veja centenas de vezes, ainda sinto sua falta.

Mas vida que segue. Abro meu velho livro de receitas no escritório, tentando imaginar algo novo para fazer. Gosto de unir passado e presente com receitas novas. Amo criar e o tempo estudando no exterior me ensinou muito sobre como misturar receitas e criar algo mais original.

Ligo para minha amiga, está na hora do nosso encontro mensal. Marco para às 14 da tarde, quando normalmente o restaurante fica calmo e posso sair. Ela prontamente aceitou.

Amo trabalhar com cozinha, amo testar receitas. O tempo passa tão rápido que nem vejo as horas passando.

-Você não ia sair às duas, chefinha? -Ignoro como sempre o tom de flerte no "chefinha" e apenas digo que sim.

Porque todos me dão apelidos? Garota solitária, a voz dele brinca em minha cabeça.

Odeio apelidos.

-Já não era sem tempo, hein. -Ela reclama e eu sorrio, ainda consigo sorrir. -Que demora.

-Eu sei, eu sei. Desculpa, eu trabalhei demais.

-Tudo bem. Bom... -A voz dela sumiu, não ouvi nada. Ele está bem na minha frente. De novo.

E dessa vez eu ouvi a voz dele. A primeira vez em 15 anos.

-Eu sei, estou focado nisso! -A boca se curva em um sorriso. Os olhos sumindo, como sempre.

Ele não me vê aqui. Ele, que sentia minha presença antes de todo mundo. Algo tira meu foco dele e me faz olhar o guarda-chuva que ele está segurando. Meu guarda-chuva amarelo.

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Título tirado de I hate to admited.

Frase retirada de Volcano.

Can we go back again?Onde histórias criam vida. Descubra agora