– Não entendo qual sua tara por essas coisas.
Dahyun passou atrás da namorada sentada no sofá, o celular aberto em um manhwa aleatório que ela achou no tik tok.
– Deixa disso, dudu, eu gosto, vai tirar fotos novamente?
Perguntou a mulher agora enfim desligando o celular enquanto fazia uma nota mental de onde parou, odiava aqueles sites.
A mulher olhou sua namorada, a câmera nova nas mãos e uma roupa de frio confortável, era um moletom com estampa de hamster, uma calça do mesmo tecido e sem desenhos dessa vez.
– Vou sim, sasa, quer ir comigo?
–;Sim! Só espera um segundo.
Sana rapidamente levantou e sumiu por entre as portas e o curto corredor da casa dos Kim.
Fazia no exato cinco anos que estava com Minatozaki Sana, ambas estudaram na mesma escola e consequentemente na mesma sala desde o infantil. A cidade pequena onde todos se conheciam facilitou ainda mais a convivência das duas, a proximidade começou numa festa de uma de suas amigas, Son Chaeyoung.
Dali então não se separaram mais, parecia que haviam nascido grudadas, porém nem tudo são flores e nos últimos meses a coreana sentia o fogo da paixão se esvaziar, como o pote de doce de leite que não dura nem duas horas na cozinha ou como os grãos de areia, esses que escorregam por seus dedos.
Claro, tentava a todo custo dizer a si que uma hora a paixão iria acabar e cabia a ela decidir amar ou não a japonesa, mas não estava sendo fácil. O dilema entre terminar ou seguir com seus pensamentos e eventualmente amar Sana, amava Sana, mas não de forma que descrevem, ela começava aos poucos ver Sana como apenas uma amiga e isso dilacerava seu coração.
Odiaria ver a sua parceira de longa data chorar por sua incompetência em decidir as coisas, por sua negligência e egoísmo. Sana era boa, doce e muito divertida, as noites em que a coreana chorava a outra imitava vários animais, entre eles seu favorito, um guaxinim.
– Amor, está tudo bem?
Sana apareceu, Dahyun despertou de seu transe, os olhos arregalados como se estivesse sendo pega no flagra fazendo besteira. Mas na realidade apenas apertava a câmera com força, se ela tivesse um pouco mais de força havia quebrado aquela recente câmera, tão cara…
– Sim sasa, vamos?
Sua mente deu uma trégua, a noite estava linda demais para desperdiçar com seus problemas. Uma caminhada rápida até a laje da casa e então ambas deitaram no sofá velho ali, Dahyun capturava com a câmera parte, um fragmento da beleza natural dos céus, esses que tanto a facinavam.
– Sana.
– Sim, dahy?
– Eu faço se sentir amada?
Aquela pergunta pegou de jeito a japonesa, ela havia sim notado o comportamento distante da namorada, achou no início que era outra pessoa, mas após uma vergonhosa investigação, não achou nada, cogitou tantas coisas e então desistiu, o que quer quê fosse, a coreana hora ou outra iria se abrir, só não imaginava que seria justamente agora.
– Dahy, que pergunta é essa, claro que faz.
A Kim não sentiu firmeza nas palavras dela, seu foco saiu da imagem do céu para olhar a garota ao seu lado, as bochechas vermelhas, olhos perdidos no grande mar estrelado, ou era em sua própria mente.
Um fato era, elas nunca brigaram, não eram perfeitas e muitas vezes acabaram de desentendendo, mas nada se comparado a uma briga onde ambas dormiam chateadas. Elas eram companheiras, maduras porém ao mesmo tempo, sabiam fazer uma a outra de sentir bem, muitos diriam que era amor ali, mas a coreana sabia que, por trás daquele exemplo perfeito, daquela beleza das duas o buraco era bem mais embaixo.
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Written by The Stars- DahMo
Fiksi Penggemar" Gostaria de dançar sob o olhar da lua? " " Eu adoraria " Quando duas desconhecidas tem suas vidas viradas de cabeça para baixo após um evento extraordinário do céu. ou Quando duas jovens fazem pedidos sob as estrelas, em busca de resposta para su...