─ Você vai chamar ele ou não? ─ Beth perguntou, impaciente, após perceber que eu não estava prestando atenção em nada, a não ser no bilhete.─ Eu não sei, e se for alguma brincadeira?
Quando cheguei em casa, contei o ocorrido para minha amiga, e ela riu muito antes de dizer que aquilo era obra do destino. É claro que a ideia de ser algum cupido me ajudando soava mais legal.
— Por que alguém iria brincar com isso, cabeção?
— Sei lá, tem louco para tudo nesse mundo.
— Dei de ombros, voltando a encarar o número dele salvo no meu celular.Com o número do atendente em mãos, hesitei por um momento antes de decidir enviar a mensagem. Eu ainda me sentia constrangido pelo descuido de ter esquecido o celular na confeitaria, mas a necessidade de expressar a minha gratidão pela ajuda recebida era mais forte. Respirando fundo, começo a digitar a mensagem, revelando meu nervosismo enquanto tentava encontrar as palavras certas para confessar o ocorrido.
A incerteza pairava no ar, mas, ao mesmo tempo, um sentimento de alívio antecipado começava a surgir. Afinal, aquela pequena interação entre a gente estava prestes a se transformar em um gesto de agradecimento que poderia criar uma conexão improvável, baseada na simplicidade de um objeto esquecido em uma confeitaria.Oi, sou o Jungkook, o cliente da loja que sempre pede trifle de morango. Queria te agradecer por guardar o meu celular. Espero que não tenha sido um incômodo.
Reli a mensagem várias vezes, questionando se deveria ou não pressionar o botão de enviar. As palavras pareciam simples, mas carregavam o peso do sentimento que eu sentia pelo atendente.
Depois de finalmente pressionar o botão de enviar, senti um frio na barriga enquanto esperava a resposta.
Mas ela não veio.
Esperei o resto da tarde inteira, e nenhuma mísera visualização eu tive. Jimin deve ser um cara ocupado… cuidando da família dele.
Afastei os pensamentos quando decidi colocar algum filme para assistir, estourei um saco de pipocas no micro-ondas, preparei um pote com doces e mais besteiras, e me joguei no sofá com Elizabeth para assistir à saga de filmes de Maze runner.
Quando terminei de assistir, já passavam das duas horas da madrugada, Beth dormia com a cabeça apoiada no meu ombro, babando igual um bebê. Segurei a cabeça dela e com cuidado fui deitando o corpo dela no sofá, apoiando um travesseiro embaixo para ter algum tipo de conforto, mesmo sabendo que naquele sofá seria impossível.
Desligo a televisão, e passei imediatamente a recolher toda a sujeira do chão, jogando na lixeira da cozinha, logo depois fui para o banheiro tomar um banho para só então finalmente me jogar na cama.
No meu quarto, deixei as janelas abertas para entrar ar fresco e para sentir a brisa gostosa que fazia. O abajur ligado ao lado da cama indicava que eu ainda estava sem sono. Levantei a cabeça do travesseiro estendendo a mão para pegar o celular, silenciosamente, contemplei a mensagem enviada, percebendo que ela nem havia chegado para ele. E foi então que decidi ignorar a mensagem, e coloquei o aparelho de volta à mesinha de cabeceira.
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Entre beijos doces e cafunés
Fanfic[ EM ANDAMENTO] Por causa de um descuido e falta de atenção, Jeon Jungkook esquece seu smartphone em uma confeitaria e acaba tendo por pura coincidência o número do atendente gato e irresistível, na qual ele é perdidamente apaixonado, salvo em seu c...